quinta-feira, 30 de agosto de 2012
CONVOCAÇÃO GERAL
quarta-feira, 13 de junho de 2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Debate ao vivo na Gazeta Operação Agua Espraiada
Mais uma vez a Prefeitura de São Paulo fugiu de confrontar os moradores , dessa vez num debate ao vivo , coisa que o movimento nunca conseguiu, lembrando do "bolo" que a Record deu nos moradores , quando a Prefeitura descobriu que eles iam fazer um link ao vivo também.
Agradecemos imensamente a TV Gazeta por essa oportunidade de mostrar só um pouquinho da verdade do que realmente se trata esse novo projeto do Prefeito Kassab.
Reparem que na carta da prefeitura lida pela apresentadora , a prefeitura foca apenas as 4000 moradias que ela pretende fazer , inclusive mente quando diz que o Cades deu a licença ambiental para a construção das moradias populares, visto que na ocasião da votação da licença ficou bem claro dito pelo próprio secretário do verde que para construir moradias a Prefeitura não precisa de licença ambiental ja poderia estar construindo se quisesse a muito tempo. A licença ambiental que foi concedida aquele dia foi expressamente para o Túnel de 2 Bilhões de reais , que irá consumir todo o dinheiro que iria para as moradias populares.
A esperança atual , não apenas do problema da Agua Espraiada, mas de todos os problemas que o Prefeito Kassab ,( sucessor do ex-prefeito José Serra e apoiador do mesmo nessas eleições de 2012) criou na cidade , está na possibilidade de outro candidato a prefeito, que não esteja ligado a esses dois senhores, ganhar as eleições e a Cidade possa voltar a ter voz para negociar bons projetos para a cidade toda, voltados realmente para o social e que não fique privilegiando grandes construtoras que pagam a campanha desses tipos de políticos, para conseguir benefícios depois como é o caso dessa obra.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Programa Revista da Cidade da TV Gazeta : Tema Operação Urbana Água Espraiada
terça-feira, 10 de abril de 2012
Matéria Rede Brasil de ontem
Por: Suzana Vier, Rede Brasil Atual
Publicado em 09/04/2012, 10:45

São Paulo – O muro que separa a casa das vizinhas Laura e Elvira é o mesmo que as une. Laura, de 70 anos, sobe num banquinho para compartilhar com os amigos suas angústias, quase depressão, diante da desapropriação da casa que construiu há 40 anos com o marido, falecido há menos de um ano. “Me diz uma coisa: desapropriar mil e tantas casas para fazer um parque...? Não cabe na minha cabeça. A 'sorte' é que tomo antidepressivo e calmante", afirmou a idosa. O sobrado da aposentada está entre as 1.500 residências que serão retiradas no Jardim Jabaquara, bairro da zona sul da capital paulista, para a construção de um parque e de um túnel.
Quando Laura, do alto do muro e de seus cabelos branquinhos, fala da iniciativa do prefeito Gilberto Kassab (PSD) de mudar o projeto original da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, acrescentando obras que aumentarão o número de desapropriações, os lábios tremem e a voz se exalta. “Se estou preocupada? Já estou querendo ir morar no cemitério.”
Do outro lado, a pequenina Elvira, de 73 anos, confessa à vizinha: “Hoje, um pedacinho a mais de meu mundo acabou de cair... Vieram fotografar a casa. Agora eu creio que a avenida vai passar. Então vamos esperar para ver”. Os moradores dos bairros que serão atingidos pelo prolongamento da avenida Roberto Marinho e pela construção de um parque linear começaram a receber, no final de março, técnicos de uma empresa terceirizada que realiza levantamentos de benfeitorias nas residências que vão dar lugar às obras.
De acordo com a prefeitura de São Paulo, cerca de 1.500 casas regulares da região serão desapropriadas e demolidas para as obras. No cálculo dos moradores serão 2 mil desapropriações. Cerca de 7 mil moradias de diversas comunidades da região também serão removidas. O conjunto de obras faz parte da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, de iniciativa da prefeitura de São Paulo, e prevê a interligação da avenida Roberto Marinho com a rodovia dos Imigrantes, acesso para a Baixada Santista.
“Esta é a obra mais cara de São Paulo e vai impactar 50 mil pessoas", mensurou o integrante do Movimento Água Espraiada, Marcos Munarim. "Vai provocar uma das maiores desapropriações da história da capital paulista.” As remoções de moradores das comunidades também devem estar entre as maiores da história recente do município.
Acampados
Alberto Costa, um luso-brasileiro aposentado de 76 anos, é marido de Elvira. Ele e a esposa mudaram para a região em 1967 e depois de construir uma pequena edícula de dois cômodos, trabalharam todos os finais de semana, feriados e dias santos – faz questão de destacar –, durante três anos, para edificar a casa de dois quartos, sala ampla, cozinha e vários banheiros, além de garagem e muitas plantas nos corredores.
Durante os três anos de construção da casa principal, Alberto, Elvira e os dois filhos ainda pequenos dormiram no quartinho do fundo. Ao lado, na cozinha, em uma “caminha de abre e fecha”, dormia a mãe de Alberto, que precisava levantar cedo para poderem usar o fogão.
Depois de 25 anos como vendedor e cobrador no Instituto do Açúcar e do Álcool, em que tirava pedidos de até “60 clientes num dia”, a aposentadoria tem sido vivida à base de remédios: 13 comprimidos diariamente para tratar de problemas no coração, ácido úrico e pressão alta.
A filha Lúcia decidiu há 6 anos morar próxima aos pais para acompanhá-los na velhice e também terá a casa desapropriada. O pior mesmo, diz Alberto, é saber que no futuro não poderá ficar perto do neto com quem convive atualmente. “Nunca mais teremos condição de ter uma casa como essa. Minha filha também não. A casa dela tem piscina, salas diversas, quartos amplos... e fica perto da gente”, expressou.
Alberto e Elvira são a favor da continuação da avenida. “É necessário”, disseram. Só julgam que a prefeitura tem outras opções. Prova disto seria o projeto lançado em 2001, para a mesma área, que previa 500, em vez das duas mil desapropriações que constam no projeto atual. “Com tanta gente debaixo da ponte, eu não entendo por que o prefeito quer retirar 2 mil famílias que vivem bem, em geral idosos como a gente, para fazer um parque.”
O casal passou semanas "acampado" com outros moradores no interior da Câmara Municipal de São Paulo, acompanhando diariamente a tramitação do projeto de lei (PL 25/2001) que deu vida ao novo conjunto de obras defendidas pelo prefeito para a região. “Dentro do Direito inverteram tudo. Foi muita injustiça”, analisou. “Eu achei que seria até preso por nossas manifestações na Câmara. Depois saí daquele lugar passando mal.”
Após o embate na Casa Legislativa da capital paulista, frente a frente com vereadores, Alberto gostaria de inquirir pessoalmente o prefeito. “Vê se tem condição nessa idade, 76 anos, cheio de problemas de saúde... sair da minha casa, ir para onde?”, disse, resignado. “Só se for para a casa do nosso amigo Kassab”, responde. “Se ele ficasse no meu lugar, o que faria com minha idade? Ele acharia bom, ficaria satisfeito?”
Filha de Alberto também terá casa desapropriada (Foto: Jaílton Garcia)
Alberto também ironiza – “Ele poderia ter uma dor de barriga para mudar de ideia” – e brinca com o trocadilho corrente na cidade: “Com esse prefeito a gente nunca sabe”.

Futuro incerto
Laura, que sofre de "diabetes descompensadíssima", contou que sua velhice virou uma sucessão de frustrações. “Fiz tudo para que tendo mais idade, tivesse um pouco de tranquilidade. Botei piso (cerâmico, no chão) para não dar trabalho, armários embutidos na cozinha e nos quartos, piso na cozinha de granito natural. Paredes da sala todas revestidas de mármore”, descreveu.
Todo o cuidado que mantém com a casa fica em risco diante da incerteza sobre o que vem pela frente. “Eu não queria casa maior nem menor, só quero essa aqui que está ótima para mim. Eu gosto demais da minha casa. Se eu tivesse um trator eu colocaria a casa em cima para levá-la para outro terreno, mas nem terrenos têm mais por aqui”, contou. “Quando a gente é jovem, tem pique para andar atrás de imóvel. A essa altura da vida, é muito difícil.”
Também viúva, Marília, de 75 anos, há 40 no bairro, receia pelo futuro da família diante das desapropriações que ocorrerão na área. “A aposentadoria vai tudo em remédios – R$ 495 este mês – mais o convênio médico. Não sobra quase nada para pensar em mudar ou pagar por outra casa”, contou. “Construir essa casa foi a maior luta da minha vida. Foi em uma época em que uma das minhas filhas estava doente e nós ainda pagávamos apartamento e condomínio de onde morávamos antes.”
Ela cuida da filha de 39 anos, que sofre com convulsão há 20 anos e sente-se “desconsiderada pela prefeitura da cidade”. Com placa divulgando os futuros túnel e parque e tentativas da prefeitura de fazer vistoria nas casas, ela analisa que o "sistema nervoso está a flor da pele". “Dói demais essa história. Estamos sofrendo muito, é incalculável para quem está de fora”, disse. “É tocar no assunto e eu fico nervosa e começo a chorar.”
A dúvida de Marília sobre os dias à frente é a mesma de Alfredo: para onde ir? “Na zona norte estão mexendo. Agora a gente não tem segurança, não dá para saber em que locais o prefeito vai resolver intervir e até desapropriar a gente novamente.”
Para o aposentado Pedro Marquezine, de 82 anos, cuja casa também está na área de desapropriações, a tristeza mora no quintal. Além dos 52 anos no Jardim Jabaquara, a boa convivência com a vizinhança e as histórias vividas com a esposa e os três filhos, ele lamenta deixar para trás um quintal de frutas e flores que ele mesmo plantou. Primaveras, palmeiras, uma ameixeira e um pinheirinho, além de roseiras, são a paixão do idoso. “Há dois anos estamos batalhando com protestos, caminhadas e reuniões para evitar essa perda que todos nós teremos. Passar por isso aos 82 anos é algo que nunca imaginei e não desejo a ninguém.”
Mudança de planos
Moradores que participam do Movimento Água Espraiada defendem a interligação da avenida Roberto Marinho com a rodovia dos Imigrantes, mas, de acordo com o projeto inicial, previsto na Lei 13.260/2001, quando o conjunto de obras envolvia um túnel de 400 metros no final do curso do córrego Água Espraiada, com as novas pistas correndo ao lado do córrego.
Um parque linear de 130 mil metros seria criado contíguo à extensão da avenida e ao redor do córrego.
O projeto inicial foi alterado em 2009, e em 2011 o novo traçado foi aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo. A nova concepção urbanística revoltou moradores e foi alvo de inúmeros protestos.
O projeto atual prevê o prolongamento da avenida Roberto Marinho até a rodovia dos Imigrantes via túnel de 2.350 metros, separado do parque de 600 mil metros. Cada uma dessas obras vai provocar um grande número de desapropriações.
O novo túnel será quase cinco vezes maior que o inicialmente previsto, quando a "obra fazia sentido e beneficiava cidade e moradores, em geral idosos", disse Munarim.
O custo inicial do túnel, que segundo Munarim já passou por licitação em 2009, seria de R$ 1,6 bilhão. Mas os moradores já calculam que parque e túnel chegarão a R$ 4,5 bilhões com as atualizações nos valores dos serviços de construção nos últimos três anos, desde o processo licitatório.
Matéria Rede Brasil Atual
Por: Suzana Vier, Rede Brasil Atual
Publicado em 03/04/2012, 09:02

São Paulo – Morar em uma casa de quatro amplos quartos – um para cada integrante da família –, sala com vários ambientes, uma cozinha como aquelas de antigamente que, sozinha, é quase do tamanho dos apartamentos de hoje, além de escritório, terraço, churrasqueira, sala de jogos e lavanderia sempre foi o sonho da família do auditor fiscal Marconi Santos. Em 1994, o desejo se materializou com a aquisição do sobrado em que moram a 500 metros da avenida Roberto Marinho, nas ruas arborizadas e largas do Parque do Jabaquara, bairro da zona sul da capital paulista.
Depois de 16 anos no local, em 2010, a moradia virou motivo de intensa preocupação. O sonho começou a ruir quando chegaram as notícias de que milhares de casas regulares da região serão desapropriadas e demolidas para a construção de um túnel e um parque. Entre elas, a casa da família de Marconi. Moradias de diversas comunidades da região também serão removidas. O conjunto de obras faz parte da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, de iniciativa da prefeitura de São Paulo, e prevê a interligação da avenida Roberto Marinho (antiga Água Espraiada) com a rodovia dos Imigrantes, acesso para a Baixada Santista.
Dados da prefeitura divulgados na última audiência pública que tratou de mudanças no projeto inicial de 2001 para o atual, defendido pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), em outubro do ano passado, indicam que 7 mil famílias de comunidades serão removidas. Cerca de 1.500 residências regulares serão alvo de desapropriações. Ao todo, 8.500 famílias serão atingidas pelo projeto. Aos moradores das comunidades, a prefeitura prometeu realojamento em habitações novas que serão construídas. Enquanto as construções não ficam prontas, eles devem receber auxílio-aluguel de R$ 300.
Na avaliação de Marcos Munarim, integrante do Movimento Água Espraiada, as desapropriações de casas regulares devem chegar a 2 mil unidades. “Esta é a obra mais cara de São Paulo e vai atingir 50 mil pessoas", mensurou. "Vai provocar uma das maiores desapropriações da história da capital paulista.” As remoções de moradores das comunidades também devem estar entre as maiores da história recente do município.
Revolta
A casa do auditor fiscal Marconi foi comprada há 18 anos e depois ainda foram necessárias duas longas reformas, com a família no interior da casa, para deixá-la como desejavam. “Tudo aqui foi planejado e tudo tem uma história”, revelou, ao receber a reportagem em sua garagem para quatro carros, com paredes revestidas de mármore.
No quintal, o morador construiu um refúgio confortável e relaxante para estar com a família, com cadeiras suspensas de madeira e tecido, um altar em homenagem à Nossa Senhora da Medalha Milagrosa e um cantinho com hortelã, salsinha e cebolinha para uma alimentação mais caseira. "É um pouco do jeito do interior que recriamos na capital para viver melhor", disse.
Ele e a esposa reuniram os esforços de décadas de trabalho para viabilizar a aquisição. Na época da compra, em 1994, a família procurou uma casa especialmente confortável para a sogra idosa com problemas de locomoção. Durante 11 anos, ela viveu na casa, ao lado de três netos, filha e genro. “Desde o início essa casa teve um significado especial”, disse.
O motivo de orgulho da família corre sério risco agora. Na mesma sexta-feira (23/03), em que a reportagem foi à casa do auditor fiscal, ele recebeu funcionários da empresa terceirizada responsável pelo “levantamento de benfeitorias dos imóveis” que serão desapropriados. Mais tarde, informaram, virão agrimensores para medir as residências. Onde hoje é a casa da família, deve ficar o futuro “emboque” (entrada) do túnel.
Placas indicando o início da obra – túnel e parque – já foram colocadas no bairro, para desespero de quem mora na região. O canteiro de obras de uma das empresas responsáveis pela obra já está montado nas imediações da Vila Guarani, próximo à rodovia dos Imigrantes.
“Depois da visita das funcionárias da Thermag senti uma dor no peito. Foi o mesmo impacto de abril de 2010, quando eu soube de mudanças no projeto original dessa obra.”
Traição

Embora acompanhasse o desenrolar da Operação Urbana Água Espraiada desde o início, em 2001, Marconi só soube que sua casa seria alvo de desapropriação, devido aos novos traçados do túnel e do parque que foram separados em abril de 2010.
Na ocasião, um advogado especializado em defender moradores desapropriados por obras públicas deixou um folheto na casa de Marconi para oferecer o serviço. “Foi um soco no estômago. Me senti traído e feito de palhaço, um joguete”, lamentou. “A gente fica pensando: só sirvo para pagar imposto?”
Ele destaca que além da perda material, há os vínculos afetivos com a vizinhança. “Senti muita dor de estômago, tive um começo de depressão, mas também um espírito danado de luta”, disse. Já foram tantas manifestações contra o projeto que ele perdeu a conta. “Soprei vuvuzela em tantos lugares que não me recordo direito. Fizemos protestos, enviei e-mails para a grande mídia, mas eles não dão essas notícias.”
Entre os receios dos moradores está o de que a prefeitura pague as indenizações pelo valor venal dos imóveis, muito menor que o valor de mercado. “É muito difícil encontrar uma casa como esta em outro bairro. Tudo é muito caro em São Paulo. Se pagarem o valor venal, levando em conta a ultravalorização de imóveis, talvez nem quitinete seja possível comprar. Ir para onde? Não temos ideia do que fazer no futuro.”
Aos 64 anos, na iminência de perder sua casa e seu sonho e a poucos meses de aposentar-se, o auditor fiscal vasculha a internet duas vezes por dia, em busca de informações sobre “túnel”, “avenida Roberto Marinho”, “Água Espraiada” e “Kassab”. “É uma agonia perder a casa. Há dois anos estamos nessa incerteza, sem saber o que será de nosso futuro”, confessou. “Não nascemos em berço de ouro, foram necessários 25 anos de trabalho conjunto para ter essa casa.”
Desnecessária e ilegal

Na avaliação dos moradores, é importante terminar a avenida Roberto Marinho. O problema está na mudança do projeto, sem levar em conta a opinião da população do bairro, principalmente das milhares de pessoas que serão atingidas com o novo formato proposto pelo prefeito Gilberto Kassab. “Um túnel daquele tamanho, em que só passarão automóveis particulares, é desnecessário. Todos sabemos que os carros ocuparão todo e qualquer espaço criado a mais nas ruas. O túnel e essas obras não resolvem o problema, porque não se destinam ao transporte coletivo”, disse Marconi. Para ele, o prefeito deveria fazer grandes obras como os corredores de ônibus, mas não fez.
Durante o processo de consulta pública, os moradores reclamaram de falta de respostas e transparência da administração municipal. “Sempre que questionamos como seriam as desapropriações, os técnicos da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) responderam haverá residências para todos os removidos das comunidades. Mas não somos moradores da comunidade e ficamos até hoje sem saber o que pretendem em relação às milhares de casas regularizadas do bairro”, disse Munarim, do Movimento Água Espraiada.
Outro problema envolveu a tramitação do Projeto de Lei 25, de 2011, que alterou o projeto inicial da operação urbana, de 2001 e resultou na Lei 15.416. Segundo os moradores, o PL tramitou como alteração viária de obras que não existem ainda, quando, na verdade, tratava-se de alteração drástica do projeto, uma vez que parque e túnel foram separados, e o túnel saltou de 400 metros para 2.350 metros.
Também houve questionamento dos moradores sobre a autenticidade do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) apresentado pela prefeitura. “O estudo é de um túnel anterior de 2009, não diz respeito ao projeto atual”, disse Munarim.
Cerca de 70% do túnel que prevê a interligação do bairro com a saída para a Baixada Santista também estaria fora do perímetro. Segundo Munarim, só a entrada e a saída do túnel estão dentro da operação urbana.
O morador avalia que a Câmara Municipal deu um “cheque em branco” para a prefeitura ao autorizar que o perímetro seja adaptado à obra. “Era essencial determinar até onde esse túnel pode chegar. Para isso, existe lei específica para cada operação urbana: para determinar onde ocorrerão as intervenções, onde serão vendidos os Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) e onde eles serão usados.”
Mudança de planos
Mudança de planos
Moradores que participam do Movimento Água Espraiada defendem a interligação da avenida Roberto Marinho com a rodovia dos Imigrantes, mas, de acordo com o projeto inicial, previsto na Lei 13.260/2001, quando o conjunto de obras envolvia um túnel de 400 metros no final do curso do córrego Água Espraiada, com as novas pistas correndo ao lado do córrego.
Um parque linear de 130 mil metros seria criado contíguo à extensão da avenida e ao redor do córrego.
O projeto inicial foi alterado em 2009, e em 2011 o novo traçado foi aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo. A nova concepção urbanística revoltou moradores e foi alvo de inúmeros protestos.
O projeto atual prevê o prolongamento da avenida Roberto Marinho até a rodovia dos Imigrantes via túnel de 2.350 metros, separado do parque de 600 mil metros. Cada uma dessas obras vai provocar um grande número de desapropriações.
O novo túnel será quase cinco vezes maior que o inicialmente previsto, quando a "obra fazia sentido e beneficiava cidade e moradores, em geral idosos", disse Munarim.
O custo inicial do túnel, que segundo Munarim já passou por licitação em 2009, seria de R$ 1,6 bilhão. Mas os moradores já calculam que parque e túnel chegarão a R$ 4,5 bilhões com as atualizações nos valores dos serviços de construção nos últimos três anos, desde o processo licitatório
Matéria Rede Brasil Atual
Faixas com o slogan 'Milhares de desapropriações e desperdício do dinheiro público, antes não tinha, agora tem!' são fixadas em casas a serem desapropriadas no Jabaquara, na zona sul

São Paulo – Uma paródia da campanha publicitária da prefeitura de São Paulo “Antes não tinha, agora tem” foi adotada por moradores do Jabaquara, bairro da zona sul da capital paulista, para protestar contra obras que devem retirar cerca de 8.500 famílias do bairro. De acordo com Marcos Munarim, integrante do Movimento Água Espraiada, cerca de 2 mil casas serão desapropriadas e outras milhares serão removidas de comunidades da região para a construção de um parque linear e de um túnel. “É um protesto contra a propaganda enganosa do prefeito que está promovendo desapropriações em massa”, disse.
Faixas contendo o slogan “Milhares de desapropriações e desperdício do dinheiro público, antes não tinha, agora tem!” estão sendo fixadas desde o sábado (31) em residências que serão desapropriadas no bairro. O material que traz o prefeito Gilberto Kassab (PSD) estilizado, também cita “empreiteiras”, “especulação imobiliária” e a nota 10 que o prefeito concedeu a si mesmo como administrador da cidade.
Os moradores protestam contra a alteração no conjunto de obras da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada. Projeto de 2001, aprovado pelos moradores, previa 500 desapropriações para interligar a avenida Roberto Marinho (antiga Água Espraiada) à rodovia dos Imigrantes, acesso para a Baixada Santista. A nova via seria construída ao lado do córrego Água Espraiada com um túnel de 400 metros ao final para conectar a avenida com o acesso ao litoral paulista. “A obra beneficiava a cidade, era barata e não prejudicava os moradores”, afirmou o morador.
Uma mudança no projeto apresentada por Kassab em 2009 foi aprovada pela Câmara Municipal de São Paulo, em 2011, e levou a mudanças na obra como aumento em quase cinco vezes no tamanho do túnel, que ficará com 2.350 metros e vai correr desconectado do parque linear, que passou de 130 mil metros para 600 mil metros.
As alterações aumentaram o contingente de desapropriações e o valor da obra. Segundo Munarim, o número de pessoas removidas de comunidades e desapropriadas nos bairros regulares pode chegar a 50 mil. “Esta é a obra mais cara de São Paulo.”
Desperdício
Os moradores movem três ações contra a Lei 15.416/2011, que traz as alterações no traçado do túnel. “Apresentamos duas ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) e uma ação civil pública”, disse Munarim. As interpelações judiciais questionam a falta de limites para o perímetro do túnel que estaria 70% fora da operação urbana e a legitimidade da licença ambiental.
De acordo com Munarim, o custo inicial do túnel seria de R$ 1,6 bilhão. Mas os moradores já calculam que parque e túnel chegarão a R$ 4,5 bilhões com as atualizações nos valores dos serviços de construção nos últimos três anos, desde o processo licitatório.
terça-feira, 27 de março de 2012
São Paulo: operações urbanas são frentes de expansão do mercado imobiliário
Por: Suzana Vier, Rede Brasil Atual
São Paulo – O mercado imobiliário é o grande beneficiário das operações urbanas promovidas pela prefeitura de São Paulo. Embora a aplicação desses instrumentos urbanísticos seja justificada pela necessidade de reassentar famílias carentes, principalmente em áreas de risco, na prática, tornaram-se ferramentas de valorização da terra que beneficiam o mercado imobiliário, afirma Mariana Fix, pesquisadora do Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). A especialista também é autora dos livros “Parceiros da exclusão” e “São Paulo cidade global”.
A alta de preços de imóveis em todo o Brasil, especialmente em capitais como Rio e São Paulo, apesar de lembrarem a bolha imobiliária norte-americana não são, de acordo com a especialista, sinais do fenômeno no país. No entanto, a majoração dos valores demonstra a expansão do mercado imobiliário que “entra em contradição com o direito à moradia”.
Na opinião de Mariana, as ações do governo de São Paulo ao investir em operações urbanas em várias partes da cidade e utilizar a concessão urbanística na região da Luz, que vai levar à privatização de 45 quadras do bairro, são expressões do fortalecimento de agentes do mercado imobiliário.
A pesquisadora participou esta semana do lançamento do livro “O enigma do capital e as crises do capitalismo”, do geógrafo britânico David Harvey, na capital paulista, quando concedeu entrevista à Rede Brasil Atual. Confira a entrevista na íntegra:
Você percebe aumento dos nexos entre capital financeiro, imobiliário e as operações urbanas em andamento em São Paulo?
A crise se manifesta de acordo como esses nexos se estabelecem. A operação urbana não necessariamente tem a ver com financeirização. Na operação urbana Água Espraiada foi lançado um mecanismo jurídico de parceria público-privada (PPP) em uma época em que se alegava sem recursos para resolver carências urbanas. Esse era o discurso da crise fiscal do estado. O modelo faz parte da ideologia da PPP. O que houve de fato na operação urbana foi injeção brutal de recursos concentrados naquela região da cidade e o que o instrumento fez foi justificar intervenções que não eram prioritárias dizendo que ia ter custo zero. Assim uma série de obras desnecessárias foi feita. Por conta dessa associação com empreiteiras, o prefeito Paulo Maluf foi condenado. Tudo isso encoberto pela fumaça da modernização que tinha por trás da PPP. As duas principais operações urbanas – Faria Lima e Água Espraiada - representam frentes de expansão do capital imobiliário. A avenida Luís Carlos Berrini foi anterior e já tinha sido aberta. Existia disputa sobre novas frentes de expansão. A operação urbana define trecho do território em que vão ser concentrados esforços e onde vai ser gerado maior diferencial de renda e depois vai ser capturado pelos agentes imobiliários.
Como fica a população de baixa renda?
Nesses dois casos, não foi só a população de baixa renda, mas a população toda que foi deslocada. Houve tentativas de resistência mas elas foram derrotadas por essa coalização público-privada, o que alguns sociólogos chamam de teoria da growth machine – máquina imobiliária de crescimento. É uma coalização que consegue impor seu projeto sobre uma região ou a cidade toda.
O Brasil vive uma situação parecida com a norte-americana quando explodiu a bolha imobiliária?
É diferente a maneira como opera no Brasil. O processo americano acontece com base num sistema de hipotecas que foi feito nos anos 1930. Quando a financeirização incide nos anos 1980, nos EUA, incide sobre esse sistema. Ele vai transformar em ativo financeiro essa base que já havia sido constituída de inúmeras hipotecas que foram feitas ao longo desses anos. No Brasil, quando a financeirização incide é sobre um sistema que estava absolutamente desarticulado, pós-crise do Banco Nacional de Habitação (BNH) e tudo mais. Ele não consegue fazer aqui os mesmos caminhos feitos lá. Tentou. O caminho diferentemente foi a injeção de fundo público, de várias maneiras, entre elas o programa Minha Casa, Minha Vida.
O Brasil vive agora o processo que o geógrafo britânico David Harvey citou várias vezes, em sua palestra, de construir casas e enchê-las de coisas, de eletrodomésticos e eletrônicos?
O programa Minha Casa, Minha Vida foi anunciado como uma política anticíclica como se pudesse justamente movimentar a economia pela construção de moradia e venda de equipamentos. Ao meu ver, não é uma política anticíclica.
Como proteger a população mais carente?
O preço da terra está subindo muito. O que acontece é uma política quantitativista de produção habitacional, em que se anuncia um milhão depois mais um milhão de moradias, mas não tem uma política fundiária. E é diferente de outros produtos que ao produzir mais, o preço cai. Na moradia ocorre muitas vezes o contrário, se se produz mais, gera uma pressão especulativa sobre a terra e gera uma disputa das empresas sobre a terra e gera um processo de elevação do preço e dificuldade maior. Em vez de de democratização de acesso à terra, vem a pressão do mercado para elevar a faixa de venda que é atendida pelo programa. Embora o objetivo declarado seja atender população de mais baixa renda.
Há alternativas?
Há experiência grande de luta no Brasil em torno da reforma urbana e do direito à cidade. Com movimentos sociais com reivindicação muito claras. Mas essa perspectiva foi derrotada, deixada de lado, inclusive no Minha Casa, Minha Vida. Que age de maneira a resolver o problema do capital, de acumulação, encontrar novas formas de expansão.
O Jardim Edith, na zona sul de São Paulo, é um exemplo de como a comunidade pode se organizar?
De um lado é uma vitória, é inegável. Se não fosse a luta dos moradores de lá, nem aquilo seria feito. Às vezes, é apresentado do ponto de vista do marketing pela prefeitura como um projeto feito com qualidade, mas é preciso lembrar que essa população estava sendo expulsa e a prefeitura foi obrigada a assinar TAC quando a Defensoria Pública junto com os movimentos entraram com ações jurídicas. Se você olhar que aquela quantidade de habitações é insignificante, do ponto de vista do total de pessoas expulsas lá, é uma derrota. Se você olhar que foram expulsas mais de 50 mil pessoas e estão sendo entregues algumas unidades habitacionais... Se comparar o que foi gasto na ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira (conhecida como estilingão)... A ponte é expressão desse roubo, dessa captura de fundos públicos, porque quando a operação urbana foi feita a justificativa dela era resolver os problemas daqueles 50 núcleos de favelas que existiam naquela região. Isso foi usado para fazer mudanças na legislação de zoneamento que não permitia (a operação urbana) e depois a ponte foi inserida entre as melhorias. O próximo passo foi pensar – temos duas obras importantes – habitação social e a ponte estaiada. Então a questão é definir qual vem primeiro e definiu-se que a prioridade era a ponte. Com isso, durante todos esses anos, ela está lá, foi inaugurada, virou cartão postal da cidade e a população depois de retirada, continua morando em outros lugares e continuaria morando se não tivesse lutado. Existia na região uma série de núcleos, terrenos em que seria possível dar conta do que as operações urbanas prometiam que era todas as pessoas que moravam ali permanecerem dentro da operação. Na prática, o que acontecia é que o mapa da Zeis (Zona Especial de Interesse Social) era constantemente alterado, era apagado de maneira que a operação urbana funcione como ela é: tendo como motor a lógica da valorização imobiliária que entra em contradição com o direito à moradia.
Qual sua avaliação da política habitacional da capital paulista?
É um paradoxo, porque se anuncia, se divulga como política inovadora que promove projetos de excelência, e a gente vê que são projetos de exceção. A gente vê que ao mesmo tempo está promovendo deslocamento, expulsões e tem inúmeros exemplos aí de desrespeito ao direito à moradia, como foi o caso da favela do Sapo, do Jardim Edith e de todas as outras na expansão do Jabaquara. Os projetos habitacionais ali teriam de ter começado muito antes dos projetos de túnel e obras viárias.
A prefeitura justifica seus projetos pela questão social, mas o pano de fundo são os interesses imobiliários?
A Nova Luz é um exemplo disso. Se a questão fosse enfrentar os problemas que precisam ser enfrentados, se começaria de um jeito totalmente diferente, como se tentou outras vezes, com processos de transformação com quem mora lá. O que tenta se impor lá é pior que o modelo da operação urbana, é a concessão urbanística. Ela exacerba os mecanismos privatizantes da operação urbana. Concede a um agente privado o direito de explorar uma determinada região da cidade. É a mesma lógica de um negócio. Vai explorar e vai ser remunerado com os ganhos que ela auferir nessa operação. Ela transforma um programa social e político num grande negócio. Até agora não conseguiu! Mas tenta fazer isso.
sexta-feira, 9 de março de 2012
Governador Alckmin é a favor dos precatórios e valor venal para desapropriados.

Comentar? Reclamar? adianta alguma coisa?
Infelizmente nós Paulistanos estamos cercados por esses gângsters .
E um dos piores deles, esta agora para voltar para Prefeitura.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ajuizou, no Supremo Tribunal Federal (STF), a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 249, com pedido de liminar, tendo por objeto a suspensão de todas as decisões judiciais que contrariem o artigo 15 e seus parágrafos 1º, 2º e 3º do Decreto-lei 3.365/1941*, bem como a declaração de constitucionalidade desse dispositivo. Essa norma permite, nos processos de desapropriação por utilidade pública em regime de urgência, a imissão provisória na posse de imóvel, sem avaliação prévia, mediante depósito de quantia arbitrada pelo juiz competente, independentemente da citação do dono do imóvel.
O governador alega que, apesar de a Suprema Corte já ter firmado jurisprudência no sentido de que dispositivos em questão foram recepcionados pela Constituição Federal de 1988 e de ter editado a Súmula 652 nesse sentido, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) tem prolatado decisões que contrariam essa jurisprudência e violam a mencionada súmula, uma vez que ela não tem caráter vinculante.
Alegações
O governador relata que, nos processos de desapropriação, o Estado de São Paulo tem requerido o deferimento da imissão provisória na posse, na forma do artigo 15 do parágrafo 1º do DL 3.365/41, e aponta que a Suprema Corte a editou a Súmula 652, nos seguintes termos: "Não contraria a Constituição o artigo 15, parágrafo 1º, do Decreto-lei 3.365/1941 (Lei da Desapropriação por utilidade pública).
Entretanto, sustenta que o TJ-SP tem decidido não caber imissão provisória na posse, com fundamento no citado dispositivo legal e, em consequência, tem sistematicamente determinado a necessidade de avaliação prévia do valor do imóvel expropriado, condicionando a imissão na posse ao depósito de 100% do valor apurado. E isso quando o artigo 15, parágrafo 1º e alíneas do DL 3.365/41 não prevê hipótese de avaliação prévia do imóvel expropriado, nem condiciona a imissão provisória na posse ao depósito integral do valor encontrado no laudo dessa avaliação prévia.
"Tal entendimento é frontalmente contrário ao texto da citada norma, cuja recepção já foi declarada pelo Supremo Tribunal Federal", afirma o governador. Ele relata que, em alguns acórdãos (decisões colegiadas), o fundamento da decisão repousa, inclusive, na suposta não recepção do citado dispositivo pela CF de 1988.
Em apoio de suas alegações, o governador cita, entre outros, acórdãos do TJ-SP nos agravos de instrumento nºs 807.713-5/6, da 8ª Câmara de Direito Público; 819.010-5/0, da 6ª Câmara de Direito Público; 807.867-5/8, da 3ª Câmara de Direito Público, e diversas outras decisões de órgãos do TJ-SP, que ele questiona nesta ADPF.
O governador sustenta que o conjunto de decisões judiciais proferidas pelas Câmaras do TJ paulista "acabou por violar o princípio da segurança jurídica, criando inquestionável controvérsia sobre a recepção do artigo 15 e parágrafos do DL 3.365/41 pela CF". E, segundo ele, "essa situação impõe indispensável e imediata reparação da violação desse preceito fundamental".
Ele assinala, ainda, que "a situação agravou-se, consideravelmente, com a recente edição da Súmula 30 do Órgão Especial do TJ-SP - segundo a qual é cabível sempre avaliação judicial prévia para imissão na posse -, pois, doravante, essa súmula, previsivelmente, será aplicada para todos os casos de desapropriação". Assim, quando quiser efetuar desapropriações de utilidade pública, o Estado "terá de enfrentar, caso a caso, uma pesada e possivelmente demorada batalha judicial", reclama.
Pedido
Em função dessas alegações, o governador paulista pede liminar para suspender a execução das decisões daquela corte que contrariem a Súmula 652 e o artigo 15 e seus parágrafos 1º, 2º e 3º do DL 3.365/41, bem como os efeitos da Súmula 30 do Órgão Especial do TJ-SP e de todas as decisões judiciais que determinaram a avaliação prévia como condição para a imissão provisória do Estado de São Paulo em imóveis desapropriados.
Isso porque, conforme argumenta, há a iminência de que todos os juízes do Estado de São Paulo passem a aplicar a Súmula a 30 em todas as futuras desapropriações que vierem a ser efetuadas pelo governo estadual.
No mérito, pede que a Suprema Corte declare a constitucionalidade do artigo 15 e seus parágrafos 1º, 2º e 3º do DL 3.365/41, na redação atualmente em vigor, com eficácia erga omnes (para todos) e efeito vinculante, para fixar a interpretação no sentido de excluir toda e qualquer necessidade de avaliação prévia para fins de imissão provisória na posse pelo expropriante; determinar a suspensão de todos os acórdãos do TJ-SP que contrariem essa norma e, por fim, determinar a suspensão da Súmula 30 do Órgão Especial daquele TJ.
O relator da ADPF é o ministro Celso de Mello.




quarta-feira, 7 de março de 2012
Por R$ 50 milhões, Kassab contrata consórcios para 'gerenciar' obra de túnel
Veja também:
Kassab tem 36% de rejeição, aponta Datafolha
Os percalços do partido de Kassab
A obra, que teve o projeto executivo mais caro da história, de R$ 57 milhões, também já teve os contratos assinados por R$ 2,5 bilhões e será executada pelas maiores empreiteiras do País. Mas, para tirar o túnel do papel, será necessária antes a remoção de 50 mil famílias que moram em 16 favelas às margens do Córrego Água Espraiada.
Se não conseguir iniciar a obra antes do final de sua gestão, Kassab vai deixar para seu sucessor um projeto com mais de R$ 2,6 bilhões de contratos assinados. A bancada do PT na Câmara Municipal, por exemplo, votou contra as alterações no projeto original do túnel, cuja extensão inicial era de 400 metros. Mesmo se o futuro prefeito não concordar com a obra, é praticamente inexistente a chance de se romper os contratos, já que isso pode resultar em ações de improbidade e multas ao governo que podem chegar a até 50% do valor original licitado - ou seja, cerca de R$ 1,3 bilhão.
O governo diz que as empresas contratadas vão dar suporte técnico para a remoção das famílias e durante toda a construção do túnel. Os consórcios vão suprir um déficit de "corpo técnico" dentro dos quadros da administração. O papel das empresas também incluí o empréstimo de veículos e o "gerenciamento social" das famílias que serão removidas.
Não é a primeira vez que Kassab fecha com consórcios a fiscalização de serviço de outras empresas contratadas pela Prefeitura. No ano passado o prefeito gastou R$ 31 milhões com uma empresa que vai ajuda na fiscalização da qualidade da coleta do lixo. Com a ausência de concursos públicos nos últimos anos, a prefeitura argumenta ter hoje um déficit de funcionários para fiscalizar as grandes obras - nas 31 subprefeituras são cerca de 700 fiscais.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana também está em processo de contratação de uma empresa para fiscalizar suas obras de engenharia e monitorar o andamento das intervenções da prefeitura no último ano de mandato do prefeito Kassab. O contrato, com valor estimado em R$ 31 milhões e duração de 12 meses, está dividido em dois lotes e a última sessão de abertura de envelopes com as propostas financeiras está programada para acontecer no dia 15 de março.
terça-feira, 6 de março de 2012
Matéria do SBT
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI109592-15223,00-CASTELO+DE+AREIA+ATINGE+ARRUDA+E+SECRETARIO+DE+KASSAB.html
Teria recebido propina de 1 Milhão de reais da Camargo Correa junto com dois vereadores para a liberação de terrenos no Tatuapé para Empreiteira em 2009 e agora cuida dessa obra de mais de 4 bilhões para seu amigo o Prefeito.
Confira ele falando sobre a obra.
quinta-feira, 1 de março de 2012
Projeto de túnel no Jabaquara já provoca assédio imobiliário
23h28 |
Tweet este Post
Categoria: Urbanismo
LUISA ALCALDE
Dois anos antes de ficar pronta – segundo previsão da Prefeitura –, a obra que vai ligar por meio de um túnel a Avenida Jornalista Roberto Marinho com a Rodovia dos Imigrantes já está causando especulação imobiliária na zona sul da capital. O que tem chamado a atenção do mercado é a construção de um parque de 638 mil metros quadrados no entorno do empreendimento.
O dono de uma casa em um terreno de 900 metros quadrados na Rua Artemis, na Vila Babilônia, na região do Jabaquara, já foi visitado nos últimos quatro meses por dois especialistas em prospecção e compra de áreas para implantação de empreendimentos imobiliários. A última delas ocorreu há duas semanas.
O interesse pelo imóvel é explicado pelo fato de o terreno, quando concluída a obra, ficar em frente ao futuro parque. Os vizinhos contam que em outubro uma imobiliária ofereceu R$ 1,5 milhão pelo terreno. Na ocasião, ainda segundo vizinhos, o proprietário teria pedido R$ 2 milhões. O interessado não voltou mais. O dono do imóvel não quis dar entrevista.
Há duas semanas, ele recebeu uma carta da G. Terry Associados, apresentando-se como uma empresa em busca de terrenos, a serviço de uma grande empreiteira nacional com objetivo de fazer negócios na região. Por curiosidade, o dono do imóvel ligou para saber do que se tratava, mesmo determinado a não vender o terreno. Recebeu, desta vez, uma proposta bem menor. Cerca de R$ 400 mil.
Assim como o morador da Rua Artemis, donos de imóveis nas ruas Itaciba e Ipaobi receberam a mesma carta ou foram abordados pelo especialista em prospecção imobiliária, Jorge Terry, dono da G. Terry Associados.
É o caso da vendedora Gilda Jussara de Siqueira, de 53 anos, moradora da Rua Ipaobi. “Em um domingo de manhã, estava de saída e me abordaram. Mas como o corretor disse que só estava interessado no terreno, nem continuei a conversa, porque não quero vender mais a casa”, disse. Em janeiro, Gilda havia colocado a propriedade à venda e pedia R$ 500mil. “São duas casas e fiz várias reformas que não seriam valorizadas.”
O soldador Isak Luiz da Silva, de 39 anos, cujo irmão é dono de uma oficina mecânica na Rua Ipaobi, também recebeu a visita do corretor. “Ele nem chegou a fazer a proposta porque o meu irmão já foi logo dizendo que não estava interessado”, afirmou. “Nem quis falar de preço.”
A dona de casa Suzana Florindo, de 43 anos, moradora da mesma rua é outra que nem pensa em vender seu imóvel. “Jogaram essa carta aqui falando do interesse de uma empreiteira, mas nem liguei para saber do que se trata.”
Jorge Terry, dono da G. Terry Associados, afirma ter começado a visitar a região há quatro meses. Ele busca áreas que juntas somem ao menos 4 mil metros quadrados para uma empreiteira que está interessada em construir prédios residenciais. Segundo a avaliação dele, o metro quadrado na área vale de R$ 800 a R$ 1 mil.
“Que a região vai melhorar depois da obra da Prefeitura vai. Mas também não vai ser uma Vila Nova Conceição. A valorização será para empreendimentos de médio padrão”, analisou. “Penso em uma valorização como ocorreu no caso do Tatuapé ou Vila Carrão”, comparou.
“Mas é um tiro no escuro. Se a obra pública vingar, a intenção é construir apartamentos de até R$ 200 mil. Se não, os terrenos serão usados para erguer moradias populares”, explica Terry. O corretor teve alguns retornos de moradores da região visitada, mas, segundo ele, não há nenhum negócio concretizado até agora.
Fonte Jornal da Tarde.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Morre um dos autores intelectuais da Operação urbana Agua Espraiada.
Lembrem -se ele recebeu 22 milhões de reais pelo projeto do atual Parque Linear, sem autorização do próprio conselho gestor, além de ter recebido do projeto original.
Lamentável não ter dado tempo pra ele consertar essa porcaria desse projeto atual de ladrões.

Faleceu na madrugada desta terça-feira (28/02), em São Paulo, o arquiteto e professor Paulo de Mello Bastos. Responsável pela criação de importantes obras na cidade de São Paulo, como o Clube Paineiras do Morumbi e o Comando Militar do Sudeste, no Ibirapuera, Bastos teve uma atuação intensa no IAB de São Paulo.
Nos últimos anos esteve envolvido com projetos de urbanização com vistas à preservação de bens culturais e do meio ambiente. Seu falecimento representa uma grande perda para a Arquitetura Brasileira e para o IAB. O corpo está sendo velado e será levado ao Crematório da Vila Alpina em São Paulo.
Fonte: ArchDaily Brasil
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Abutres do setor imobiliário começam a cercar moradores.
"Abutres e chacals" do setor imobiliário representando as próprias empreiteiras que ganharam a obra de presente do Prefeito Kassab , ja começam a cercar as famílias de moradores que tem seus imóveis ao redor da obra , no caso o futuro "parque linear" para arrematar humildes propriedades para a construção de seus arranha-céus que serão erguidos em volta do parque , ganhando bilhões de reais em cima da desgraça daqueles que serão expulsos de suas casas para dar lugar a essa obra nefasta.
As placas colocadas no emboque e desemboque do túnel com prazo de 24 meses para a construção , mostram mais uma vez a prioridade para fazer o túnel , pois é lá que o dinheiro vai rolar.
As poucas moradias populares que constam na licitação , nunca necessitaram de licença ambiental para serem iniciadas , o que mostra mais uma vez a intenção de amarrar essas obras ao túnel.
Lembramos que há 4 ações tramitando contra esse novo projeto, e outras estão sendo elaboradas.
Por fim será uma batalha longa , com muitos prejuízos para os moradores e para o município que terá de pagar imensas multas as empreiteiras .
Mas também haverá muitos lucros para as empreiteiras que vão ganhar essa imensa area para explorar durante anos , vão finalmente conseguir livrar essa area "nobre" dos favelados , jogando alguns deles na Americanópolis e Vila do Encontro e lucrar inclusive com as multas do atraso da obra .

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Prefeitura dá licença para túnel entre a Imigrantes e a Av. Roberto Marinho
A Prefeitura de São Paulo deu nesta sexta-feira um passo importante para tirar do papel o túnel de 2.350 metros que vai ligar a Avenida Jornalista Roberto Marinho à Rodovia dos Imigrantes. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente assinou a Licença Ambiental Prévia (LAP), que estabelece requisitos básicos do que deve ser atendido no projeto e orienta o desenvolvimento do projeto executivo.
O documento foi gerado logo após o Conselho do Meio Ambiente (Cades) aprovar na manhã desta sexta-feira o estudo de impacto ambiental (EIA-RIMA) da construção do túnel por 22 votos contra 4. O LAP será publicado no Diário Oficial do município nos próximos dias. O próximo passo será obter a licença de instalação para a execução da obra.
A discussão sobre a aprovação da licença se arrasta desde agosto de 2009, quando o EIA-RIMA chegou à Secretaria do Verde. Audiências públicas foram realizadas, mas mudanças feitas pela própria Prefeitura no projeto de lei travaram o licenciamento. A criação do túnel é prevista desde 2001 e faz parte da Operação Urbana Água Espraiada, que prevê uma série de intervenções no uso do solo e viárias em bairros como Brooklin e Morumbi, com o objetivo de desenvolver a região.
O prefeito Gilberto Kassab (PSD), contudo, decidiu adotar o túnel como uma das ações de destaque de seu mandato, e mudou o projeto que previa uma extensão de 400 metros para o atual, de mais de 2 km. Para isso, precisou mobilizar vereadores para aprovar a modificação na Câmara no ano passado.
O projeto é polêmico principalmente em razão do número de desapropriações necessárias. O estudo de impacto ambiental estipula em 28 mil o número de moradores que terão de deixar suas casas. Serão atingidas casas, torres residenciais e pelo menos 12 favelas, entre elas a do Vietnã, que foi motivo em outubro de uma decisão da juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, que autorizou a Prefeitura a remover os moradores da favela em 180 dias.
Os moradores da região montaram uma associação e argumentam que pouco foram ouvidos pela Prefeitura e que não receberão valores justos por seus imóveis. Já realizaram diversas manifestações, mas até o momento não conseguiram alterar os planos da Prefeitura.
As mudanças feitas por Kassab preveem também a construção de um parque linear de 600 mil metros quadrados. Segundo a Secretaria do Verde, o aspecto “mais importante” do projeto é a consutrução de “moradias seguras” para mais de 8 mil famílias que estão atualmente em áreas de risco sobre a várzea e sobre o Córrego Água Espraiada. Procurada nesta sexta-feira, a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras não informa os prazos com que trabalha para a construção do túnel.
Localização
Segundo o Estudo de Impacto Ambiental, o prolongamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho começará junto à Avenida Doutor Lino de Moraes Leme e percorrerá cerca de 750 metros por duas pistas a céu aberto até chegar aos túneis, localizados na Rua Wilson Pereira de Almeida. Eles vão desembocar após a Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, onde seguirão novamente a céu aberto, com acessos à Rodovia dos Imigrantes.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Entrega do diploma de pior Prefeito da História da Cidade de São Paulo
Os Movimentos Defenda São Paulo, Preserva São Paulo,Cine belas Artes, Sta Efigênia, Itaim, Lapa, Perdizes ,Pinheiros que juntos formam uma frente no qual também fazemos parte iremos fazer uma manifestação e realizar a entrega o diploma de pior Prefeito da história da Cidade de São Paulo ao nosso querido e estimado Gilberto Kassab.
Talvez essa seja a última manifestação que faremos, por isso convoco os guerreiros que ainda estão do nosso lado para nos ajudar.
Data : 25/01
Horário : a partir das 9:00
Local: Patio do Colégio - Rua:Roberto Simonsen, 122
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Eskolinha do Kassab
Com a decisão de Serra de candidatar-se ao governo do Estado, assumiu a Prefeitura e, pouco depois, foi reeleito. Tornou-se conhecido do público basicamente por duas ações. A primeira foi a lei das placas, que tirou muita publicidade das ruas (mostrou belezas escondidas e revelou feiuras e fachadas desgastadas). A segunda foi a gritaria dirigida a um cidadão que reclamou durante a inauguração de um hospital e foi objeto de incrível destempero. Os gritos desvairados de "Fooora, vagabundo!" chamaram a atenção. Prepotência? Descontrole?
Tendo tudo para passar despercebido, tornou-se notório por uma característica peculiar. Parece falar de um lugar vazio, violando regras discursivas elementares. Disse "falar de um lugar vazio" e me ocorreu uma associação. Não estava em meus planos, mas (Freud explica) lembrei os kassabinhos, bonecos essenciais em sua campanha para a Prefeitura, que o elegeram. Cheios de vento, isto é, de nada. Autorretrato?
Para traduzir a personagem, exceto pelo único destempero, nada mais adequado que sua voz neutra, monocórdia, funcionando no automático, indiferente aos fatos, às fotos, à realidade, como na última semana.
No quesito, é um seguidor de Paulo Maluf (guardadas as proporções, sempre), que se tornou célebre também por violar regras pragmáticas. Se fizessem a Maluf, em entrevista ou debate eleitoral, alguma pergunta incômoda, baseada no noticiário, respondia falando de outra coisa. Desconhecia a pergunta, a mais grosseira das formas de lidar com o interlocutor.
Mas Maluf, ao contrário de Kassab, era, às vezes (quando ninguém o seria), de uma explicitude brutal: "Se tem vontade sexual, estupra, mas não mata!"
O Kassab que conhecemos parece ter sido sincero apenas na interpelação ao fabricante de placas. Suas declarações são as mais escorregadias que um político pode produzir. Sua frase mais histórica, se pode haver gradações nesse campo, é sobre a identidade do partido que fundou, cuja sigla foi antigamente o símbolo (o simulacro) da indecisão, o PSD: "Não é direita, nem esquerda, nem centro". Depois declarou que será de centro e independente. Nem mesmo a decisão de ser indeciso foi mantida!
Nos últimos dias, Kassab voltou à notoriedade. Não produziu declaração memorável, dessas que se debatem e são candidatas a verdades. Foram de novo declarações típicas dos que o povo chama de cara de pau. Sobre a implosão de um prédio que implodiu só em parte, disse e repetiu que a operação foi um sucesso, que o objetivo era liberar trânsito e não derrubar o velho moinho, que os que acham que a operação fracassou deveriam voltar para os bancos escolares... de engenharia.
Atribuiu nota 10 tanto à implosão quanto a seu mandato. Impávido, sempre imodesto, sua nota é sempre 10 (o eleitor parece discordar, mas ele não está nem aí). Assim como defende que uma implosão possa não derrubar toda a edificação, acha que um mandato não precisa cumprir todas as promessas. No negócio de dar notas, angariaria alunos: ganhariam 10 provas feitas pela metade ou com diversas respostas erradas na eskolinha do Professor Kassab.
A humanidade não é muito brilhante. Cria expectativas rotineiras, baseadas nas práticas: implosão é para derrubar todo o edifício, prédio ou estádio; promessa é para ser cumprida, mesmo a política. Kassab revoga essas leis, discípulo do cínico Maluf. Sem personalidade, no sentido corrente (a falta de personalidade não deixa de ser uma, como não fazer política é, paradoxalmente, uma forma de fazê-la), sem voz marcante, sem nenhuma frase "para cima" que mereça ser repetida, nem mesmo uma engraçada, como as do Tiririca, é espantoso que ocupe o espaço político que ocupa, especialmente na era da exposição midiática.
Maluf se notabilizou por fatos e frases, mas uma de suas máscaras mais notórias era a do cara de pau que desconsiderava a fala dos interlocutores: se lhe faziam perguntas sobre corrupção, falava das virtudes da mãe; se perguntavam sobre preços de obras, enumerava as que tinham sua marca. Era um exemplo chapado para teorias pragmáticas e para sua principal regra: se alguém não fala do tema proposto, é porque não quer ou não pode tratar dele; se não pode responder é porque a resposta condenaria. É assim em qualquer inquérito. Daí a regra jurídica segundo a qual ninguém é obrigado a se culpar. O júri não pode considerar, mas qualquer falante sabe o que isso significa: se o réu silencia, o silêncio o condena.
A "regra" de Maluf o denunciava. Kassab segue outro desvio: em vez de falar de outra coisa, declara, quebrando outra regra (elogio em boca própria é vitupério), que tudo o que faz é 10. Mesmo contra as evidências.
Os diversos sentidos de "cínico", exceto filosófico, caracterizam as falas de Kassab. O estilo é o homem?
SÍRIO POSSENTI É PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA/INSTITUTO DE ESTUDOS DA, LINGUAGEM DA UNICAMP, AUTOR DE QUESTÕES, PARA ANALISTAS DE DISCURSO (PARÁBOLA)
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Agradecimentos
Começo agradecendo o Deputado Carlos Giannazi, que desde o começo nos amparou quando o desespero tomou conta de nossa comunidade ao descobrir esse novo e fraudulento projeto que hoje está ai para ser executado pelo Prefeito Kassab.
Através de sua iniciativa mais uma vez disponibilizou o partido Psol , a auxiliar os moradores e protocolou uma Ação direta de inconstitucionalidade no Tribunal de Justiça na semana passada representado pelo Dr.Fernando Garcia .
Junto é lógico não poderiamos esquecer o Luis Ferrerinha seu assessor tão presente, Miguel assessor Dep.Ivan Valente , Marcelo Sampaio , Edu e Jorge Mov. Itaim , laura, Cleide, Lucila Lacreta , Sérgio, Áurea e todos que tem nos acompanhado em nossas manifestações.
É muito confortante saber que ao menos um Deputado, não desistiu de nós e ao contrário tem dado a cara a tapa em todas as frentes de oposição a esse corrupto governo.
Agradecemos aos poucos mais combativos vereadores que nos apoiaram até agora também.
Especiais agradecimentos vão a José Luiz , sempre presente ,que é um verdadeiro Guerreiro e sem ele não teriamos força para continuar, além do bravo Tito ,Edwaldo Sarmento que foi exatamente quem impulsionou esse movimento junto com a AMEA , Sr.Henrique parceiro da Comunidade Beira Rio e Sr. Gerôncio da Comunidade Jardim Edith e a dedicada Dra. Tatiana. Além é claro das centenas de moradores que tem nos acompanhado.
Vamos firmes colegas, continuaremos entrando com ações na justiça , algumas ja estão sendo elaboradas, mais cedo ou mais tarde , conseguiremos acertar algum Juiz honesto que não se submete a esses corruptos e dai a coisa muda de foco, e quem sabe também o Ministério público resolva começar a trabalhar, ja que um dos problemas maiores lá dentro já não está mais lá.
Lembrem -se corruptos como esses que estamos presenciando , se fortalecem quando as pessoas deixam de lutar e mentir para eles , é como respirar, coisa básica, cabe a nós expormos esses mentirosos.
Ano que vem as eleições estão aí, teremos muito trabalho , mas não podemos deixar esse Prefeito fazer propaganda dele em cima da sua desgraça.
Não queremos mais um Sarney para esse País, basta!!!!!
Vamos em frente.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
E lá vai começar a expulsão dos moradores da Favela do Vietnã.
Agora o mais curioso e conveniente ao Prefeito Kassab foi a decisão da Juiza mencionada na Reportagem abaixo , que ordenou a retirada de todos os moradores da Favela do Vietnã através de Ação Civil pública movida pelo Ministério Público em 2009 e que convenientemente e misteriosamente foi julgada e decidida agora as vesperas da Obra começar.
Com isso vemos o poder desse prefeito que mais uma vez mostrar sua total influência em cima do judiciário paulistano, que alias negou no mês passado liminar para Ação civil pública impetrada pela AMEA e que agora segue para o TJ.
Como de praxe, atualmente, eles alegam que toda área é de risco hoje em dia quando ha o interesse por determinada area na Cidade. No caso a area é de interesse total da Prefeitura para a construção do parque linear.
Com isso esperamos que as comunidades, finalmente acordem e vejam que a prefeitura não esta para brincadeira e o trator e cacetetes vão correr solto nos próximos meses.
Você Acredita na Prefeitura???
Kassab é esse anjo de Candura que se mostra o tempo todo nessa Mídia televisiva vendida e hipócrita?
Vai Ficar esperando ele te arrebentar a vida?
Justiça de SP manda Prefeitura tirar moradores de favela na Zona Sul
Decisão decorre de ação do MP; proximidade com período chuvoso preocupa.
Juíza quer demolição de moradias na Favela Vietnã dentro de 180 dias

A juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, determinou no último dia 21 que a Prefeitura de São Paulo remova os moradores da Favela do Vietnã, construída em área pública entre as ruas Rodolfo Garcia e Capuavinha, às margens do Córrego Água Espraiada, na Zona Sul de São Paulo. A juíza também determinou que a Prefeitura garanta às famílias alojamento provisório durante 180 dias e faça, dentro desse mesmo prazo, a demolição das obras irregulares, sob pena de multa diária de R$ 500 por família desde o ajuizamento da ação.
A sentença foi dada após ação civil pública proposta pelo Ministério Público Estadual em 2009. A Prefeitura de São Paulo informou na noite desta terça-feira (25) que é praxe cumprir as determinações judiciais.
Segundo a sentença, trata-se de área densamente povoada, por moradias precárias, de madeira, em palafitas sobre o córrego, ou, por moradia de alvenaria na margem esquerda.
Um geólogo da Prefeitura atestou a situação de risco das moradias, provocada pela ação direta das águas em períodos de chuva intensas e prolongadas. Na ação, a Prefeitura sustentou não ter poupado esforços para a remoção das famílias no local.
No entanto, conforme salientado pelo Ministério Público, a grande parte dos moradores continua ocupando a área de risco, o que faz justificar o interesse processual. "A proximidade da estação de chuva impulsiona a necessidade de remoção das famílias e o desfazimento das obras irregulares no local, o quanto antes", disse a juíza, na decisão.
Fonte G1.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Video da Audiência Pública Fraudulenta.
Segue acima o registro em vídeo de mais uma Audiência Pública fraudulenta que a Secretaria do Verde e o Governo Kassab empurraram em cima da população do Jabaquara para justificar os absurdos cometidos sobre a Operação Urbana Agua Espraiada durante essa Gestão.
A Sehab conforme esperado tentou a princípio armar uma situação de confronto , jogando moradores das comunidades carentes contra moradores proprietários através de algumas lideranças que tentaram tumultuar , porém no decorrer da Audiência e através de dezenas de depoimentos , tanto de moradores quanto advogados , engenheiros ,etc isso se reverteu pra cima dos secretários , pois perceberam que os moradores estão apoiando totalmente a comunidade a receber suas moradias com a chave na mão , antes de iniciar o resto da obra como parque e não receber de forma alguma o Cheque aluguel de R$ 300,00 que é nada mais que uma enrolação.
Lembrando que essa Audiência apenas foi feita , devido a Ação Civil Pública movida pela AMEA que obriga a Prefeitura a cumprir diversos itens que estão sendo desrespeitados pela Prefeitura. Porém a Audiência foi maquiada e não apresentou novo EIA RIMA e não seguiu os ritos formais que são exigência da resolução CONAMA.
Estavam presentes também o Deputado Carlos Giannazi e o Vereador Donato que apesar de terem chegado a Audiência cedo e terem se escrito para falar, foram jogados "Misteriosamente" para ultimos da lista de quem ia falar. Porque será, né?
Da Imprensa presente , estava a Rede Brasil Atual que ja deu uma nota do assunto, O JT que até agora não saiu nada e parece que representante do Jornal Zona Sul que ainda soltara alguma nota e a Revista Forum que também se pronunciou sobre o assunto.
Qual será o motivo da falta de interesse da mídia , principalmente televisiva nesse assunto que é a obra mais cara da cidade e tão polemica?
Estava presente também em determinado momento o Promotor Maurício Ribeiro , que ja declarou que é necessario outro EIA-Rima Conjunto, pois o Metro também passará no parque.
Uma coisa ficou bem clara, a revolta com o projeto foi total, conforme pode ser notado no vídeo que foi editado por ter muitas manifestaçoes contra e não caberia tudo.
Ao contrário do que Kassab declara , que são apenas uma dezena de moradores que estão contra esse novo projeto, foi protocolado um abaixo assinado dos moradores da região com 2800 assinaturas, manifestando-se contrários a essa alteração do projeto, além do que as imagens do vídeo mostram por sí próprias essa insatisfação.
O que choca de verdade a todos é ver a influência do Prefeito sobre o Judiciário , que aliás ja negou a liminar da Ação Civil ha alguns dias atrás, um verdadeiro absurdo num país dito democrático e com tantos argumentos e provas.
Agradecimentos mais uma vez ao Edu pelo vídeo.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Saldo Audiência Pública
Respostas? Nenhuma com clareza, esse é o modo Kassab de governar a Prefeitura.
A Audiência foi realizada nessa última quinta feira as 18:00 no Centro de Exposições Imigrantes, mas desde as 16:00 estavam chegando ônibus lotados dos moradores das comunidades.Perdi até a conta !
Na entrada você encontrava o EIA – RIMA copiado e colado e tinha alguém para explicar?Óbvio que NÃO
Tinha o mapa fixado na parede junto com os benditos 47 terrenos que a SEHAB diz já estar em fase de licitação para o reassentamento dos moradores da comunidade.
Ao iniciar sua fala a representante da SP Obras disse que a única alternativa encontrada foi fazer esse novo traçado. MENTIRA!
Não explicou em nenhum momento o motivo da mudança do traçado, mostraram os slides do novo traçado, mas, alguém leigo no assunto entendeu algo?
A infraestrutura do local também deixou a desejar.
Realmente foi uma balburdia!
Com um espaço enorme daquele, muitos moradores ficaram em pé, ou se espremeram perto dos auto falantes para escutar o que a Prefeitura falava, já que a acústica do local também não ajudou muito. Os equipamentos de som creio que estavam no volume 2 e ninguém da Prefeitura se esforçava em se fazer ouvir.
Logo no começo, meia dúzia de moradores da comunidade estavam claramente a favor da Prefeitura, quiseram fazer um principio de tumulto, dizendo que nós moradores formais estávamos contra eles e que estávamos só interessados em dinheiro. Atitude lamentável plantada pela Sra. Elisabeth França e Sra. Sueli. Pude comprovar no meio de toda aquela confusão o olhar de satisfação e regozijo da Sra. Elisabeth França.
Depois que os microfones foram abertos para população (tinha mais de 60 inscritos para falar e cada um 3 minutos) o que foi dito para foi dentre alguns devaneios de um certo líder de comunidade, foi a mais pura indignação dos moradores.
Todos um só coro disseram NÃO ao túnel, NÃO ao parque e SIM para as moradias.
Os ciborgs da Prefeitura parece que foi implantando somente um chip em suas memórias por que só sabiam repetir a mesma resposta.
Quando perguntados sobre os terrenos destinados para as moradias populares eles repetiam a resposta: - Existem 47 terrenos, olhem no mapa, todas as famílias serão atendidas.
Uma pausa para reflexão.
Todas as 10 mil serão atendidas, então por que nos slides em nenhum momento foi citado isso?Por que toda vez que questionados, em momento algum, falaram o nome das ruas? quantidade de famílias que serão atendidas por terreno? Prazo para o ínicio das obras? etc...
O caso que mais foi comentado e que gera revolta total eu tive o prazer inenarrável de questionar a Sra. Betinha foi o tal do cheque aluguel de R$ 300,00.
Gente, quem consegue pagar um aluguel nesse valor?Acho que nem dentro das comunidades existe aluguel desse preço! E eu tive a oportunidade de questionar e ver a cara (desculpe a expressão, mas, não encontrei outra) de bunda da Sra.Betinha quanto perguntei se ela conseguiria alugar uma casa com R$ 300,00.( obvio que não esse valor ela gasta em algumas horas, por que ela recebe um ótimo salário).
Aos poucos um auditório lotado , que não dava nem pra se mexer aos poucos foi esvaziando, esvaziando.. até ficar cerca de 30 pessoas, isso bem antes de acabar a fraudulenta Audiência Pública.
Muitas pessoas da comunidade ainda tem a ilusão que terão suas casinhas em breve e que será no terreno de fronte ao Hospital Saboya, outros já caíram à ficha que a Prefeitura nunca deu nada para ninguém fácil assim, e que só sairão de seus humildes barracos com a chave de seu apartamento na mão. Do outro lado da moeda tem os proprietários, por causa dessa tal de flexibilização do perímetro não sabe ao certo se sua casa irá ser desapropriada ou não, como serão feitas as indenizações, pois, a forma que o representante do DESAP disse , será o valor de mercado, valor justo , que irá cuidar de cada caso pessoalmente , floreou tanto, que fez pensar que se caso fossemos desapropriados hoje na próxima semana o tal "dinheiro justo" estará em nossas contas e vamos comprar outra em outro bairro e viveremos felizes para sempre.Mas, não se iludam , sabemos que a Prefeitura não é boazinha, que podemos até atingir o valor que nós achamos justo, mas, será um processo, agonizante, sofrido , exaustivo e doloroso.
A lição que tiro dessa Audiência é que sim a união faz a força e que juntos podemos vencer esse rolo compressor chamado Prefeitura de São Paulo, e que se eles pensaram que iriam enganar a gente, o tiro saiu pela culatra.
Agradeço a quem compareceu, não vou citar nomes, por que seria injusto, pois, como eu fiquei na frente e concentrada em xingar o pessoal da Prefeitura e como tinha muita gente eu não pode ver quem estava presente.
Em breve estaremos postando os vídeos no You tube.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Atenção a todos Audiência Pública
A secretaria do verde e do meio ambiente marcou uma audiência pública no centro de exposições da Imigrantes para o dia 13 de outubro de 2011 , quinta feira as 18:00hs para discutir a absurda alteração da lei 13260 de 2001 , que resultará na expulsão de 1500 famílias proprietárias de imóveis particulares nos bairros da Vila do Encontro, Vila Fachini, Cildade Leonor, Cidade Vargas, Jardim Aeroporto, Vila Campestre, Americanópolis que terão seus imóveis demolidos para a construção de um túnel de 2 bilhões de reais que servirá para encher o bolso de políticos, empreiteiros e secretários , pagando dividas eleitorais e também expulsará ao menos 6.000 familias das 10.000 familias de moradores das diversas favelas do percurso do córrego da Agua Espraiada que estão sendo enganados pela Prefeitura mais uma vez.
É dispensavel dizer, como é importante todos comparecerem .
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Moradores proibidos de participar do conselho gestor
Bom dia moradores.
Gostaria de informar a todos que o Conselho Gestor da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada ,irá se reunir hoje dia 21/ 09 /11 as 15:00hs para deliberação .
A novidade dessa vez é que a pedido do arrogante secretário Rubens Chamas o endereço da reunião foi mudado para Avenida São João e os moradores proprietários formais agora foram proibidos de participar da reunião , revelando mais uma vez a podridão da administração Kassab que manda e desmanda na cidade atropelando a própria constituição e o pior com o consentimento de setores como o judiciário, MP e a própria mídia televisiva principalmente que é uma vergonha para esse país e só se preocupa com o dinheiro dos anuncios do governo e encobre as sujeiras desse governo imundo.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Kassab planeja gastar 3,5 Bi em túneis
Filipe Araúko/AE
Extensão poupará Praça Elis Regina, no Butantã
"Não dá para dizer que São Paulo jamais deveria fazer novos túneis ou viadutos", argumenta Marcos Bicalho, superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). "O problema é que uma obra dessas provoca menos impacto que o transporte público e ainda coloca mais carros na rua, pois incentiva o transporte individual." Segundo Bicalho, estudos mostram que cada quilômetro de metrô custa entre R$ 170 milhões e R$ 200 milhões, descontada a complexidade da obra e as desapropriações.
O prefeito Gilberto Kassab (sem partido) argumenta que sua gestão dá preferência ao transporte público, e não ao individual. Como exemplo, afirma já ter transferido R$ 1 bilhão para o Metrô e promete passar mais R$ 1 bilhão até dezembro do ano que vem. Dos cinco projetos de túneis, um já tem autorização para ser construído, diz Kassab: a ligação entre a Avenida Jornalista Roberto Marinho e a Rodovia dos Imigrantes, no Jabaquara, na zona sul.
Pelo menos R$ 1,55 bilhão deve ser empregado na obra, que faz parte da Operação Urbana Água Espraiada e enfrenta resistência da comunidade. A previsão para início das desapropriações, segundo o governo, é 2012. Nas próximas semanas, moradores do Jabaquara devem entrar com duas ações judiciais contra a obra - já há um terceiro processo na Justiça. A administração argumenta que a intervenção é importante para reduzir o tráfego na Avenida dos Bandeirantes.
"Isso é uma falácia. Fizemos o teste na Bandeirantes no horário de pico. A faixa da direita, usada por quem vai à Imigrantes, está sempre livre. O problema é para quem vai até Vila Prudente e Ipiranga e não usa a Imigrantes", critica o técnico de informática Marcos Munarim, de 36 anos, que tem participado das reuniões e protestos que discutem o projeto nos últimos dois anos.
Praça foi salva. Em outro ponto da cidade, a mobilização dos moradores contra a Prefeitura deu um resultado parcial. A vizinhança da Praça Elis Regina, no Butantã, zona oeste, conseguiu a mudança do traçado do túnel que liga as avenidas Corifeu de Azevedo Marques, Eliseu de Almeida e Jorge João Saad, evitando que a área verde fosse desapropriada. "Nossa preocupação é que é mais um incentivo ao transporte individual. Se essa obra tiver de acontecer, que não cause tanto impacto", diz a geógrafa Patrícia Yamamoto, do movimento Butantã Pode.
"Seria interessante saber qual o impacto dos novos túneis sobre os quilômetros de congestionamento e a velocidade média dos carros. Acredito que, de maneira geral, eles podem desafogar o trânsito em um ponto, mas, no todo, o impacto é pequeno", avalia Luiz Guilherme Castro, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie. "Seria mais recomendável investir em transporte público, que carrega mais gente e tem custo/benefício melhor."
3 PERGUNTAS PARA...
Gilberto Kassab,
Prefeito de São Paulo (sem partido)
1.O senhor diz que prioriza transporte público, mas gastará R$ 3,5 bilhões em túneis...
Estamos falando de um investimento, na Avenida Roberto Marinho, que é com recurso de operação urbana. Só pode ser utilizado ali. E lá, inclusive, já temos o Metrô, com dinheiro da Prefeitura, que será realizado em parceria com o governo do Estado (Linha 17-Ouro).
2.Esse túnel é necessário?
É uma obra importantíssima. Vai desafogar a Avenida dos Bandeirantes, criar um parque linear, requalificar a região e dar moradia para 10 mil pessoas que vivem em favelas.
3.E os outros quatro túneis?
Os túneis que já estão com autorização minha para serem iniciados são aqueles da Avenida Roberto Marinho.