segunda-feira, 30 de maio de 2011

URGENTE VOTAÇÃO PL 25 /11 NO PLENÁRIO

Atenção moradores,



Depois do massacre de hoje, em que os Vereadores Abou Anni (PV), Milton Leite (DEM), Adolfo Quintas ( PSDB), Floriano Pesaro, (PSDB), Dalton Silvano (sem partido) , mesmo diante de mais de 100 moradores revoltados, votaram a favor do Projeto.Vereadores esses que nem conhecem a área,desconhecem o Projeto e só aparecem aqui de 4 em 4 anos.Vereadores esses que votaram e nem sabem em que estão votando, simplismente são pau mandados do Kassab.

Temos que enfrentar de frente esses Vereadores que estão contra nós, principalmente esses que foram citados que debocharam de nossa cara, combinaram votos, nos desrepeitaram,

Com uma rapidez espantosa o nosso PL já está para votação em Plenário as 15:00 horas.

Não podemos deixar que o Prefeito passe por cima de Leis, Resoluções e simplismente aprove esse Projeto de Lei cheio de irregularidades.

Temos tudo isso gravado ee logo mais colocaremos essa audiência no You tube.


Aproveitamos para agradecer o esforço que os Vereadores Adilson Amadeu , Aurélio Miguel e Josë Américo em nos defender mas, infelizmente dessa vez não teve jeito.


Não deixem de comparecer é muito importante !!!

APROVADO NO PL 25/11 NA COMISSÃO DE JUSTIÇA

Boa tarde ,

Infelizmente as noticias não são boas, conforme avisamos, hoje o PL iria ser votado na Comissão de Justiça e os Vereadores votaram pela Legalidade do Projeto, ou seja, contra nós.

Passaram por cima de nós sem dó nem piedade.

O José Orlando e o Marcos ainda estão na Câmara obtendo mais informações, mas pelas últimas informações o PL será votado amanhã em Plenário.

Fiquem atentos aos e-mails e no blog.

sábado, 28 de maio de 2011

Chegou a hora !! Votação do nosso Projeto

Boa noite moradores,

Depois de tantas ameaças para votarem nosso Projeto Lei , agora é certo, como vocês podem ver no anexo, convocaram a votação para segunda feira 30/05/2011 as 11:00 no Auditório Dr. Oscar Pedroso Horta - 1º subsolo.

Reparem que eles marcaram uma AUDIÊNCIA EXTRAORDINÁRIA e estão alegando que as vistas do processo estão encerradas.

Estamos pedindo que todos compareçam e para pressionarmos para que esse não seja votado.Quanto mais atrasarmos essa votação é melhor para nós.

Os Vereadores Aurélio Miguel ,José Américo e Adilson Amadeu já disseram que vão fazer de tudo para nos ajudar, mas eles já deixaram bem claro que precisam da presença em massa dos moradores.

O relator do Projeto Dalton Silvano, (PSD) recebeu da Prefeitura o parecer semana passada e já acha suficiente para poder aprovar a legalidade do Projeto . Porém, tivemos acesso ao relatório e chegam a ser vergonhosas as respostas dadas pela Prefeitura em relação as perguntas feitas pela Comissão na última audiência pública, não respondendo nada , apenas, enrolando e sendo evasivos em suas respostas, ou seja, o projeto continua ilegal.

Compareçam que a hora crítica chegou.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O povo na rua a luta continua!

Contra os desmandos dos governos de Alckmin e de Kassab o PT se mobiliza mais uma vez e vai para as ruas botar a boca no trombone.

Seria muito importante nosso comparecimento, pois, o Vereador Donato estará presente e como todos nós já sabemos ele é um dos poucos vereadores que está ao nosso lado.

Esses são um dos poucos eventos que poderemos nos manifestar e o Vereador já disse que abrirá os microfones para a gente falar sobre nossa causa.

Avise a todos que puderem e compareça com suas faixas.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Aviso Urgente!!!

Conforme alertamos ontem na Audiência Pública da Assembléia Legislativa, o Presidente da Câmara e a liderança do governo Kassab, colocaram mais uma vez "ardilosamente" o PL 25/11 que trata de alterar a lei da Operação Urbana em benefício das Empreiteiras na agenda da Comissão de Constituição e Justiça as 14:00hs e na sessão do Plenário da Câmara as 15:00hs .
Ressaltamos mais uma vez a importância do comparecimento de todos em "massa" , pois está se tornando de praxe esse hábito repugnante por parte da presidência de burlar os trâmites legais da casa.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

NÃO SE ESQUEÇAM AMANHÃ AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ASSEMBLÉIA





Segue o link da SPTrans para vocês verem qual ônibus fica melhor para chegar. http://200.99.150.164/PlanOperWeb/ABInfPriDivGWeb.asp

Contamos com a presença de todos. Essa é uma grande oportunidade que o Dep. Carlos Giannazi está nos dando para discutirmos nosso ponto de vista sobre esse Projeto absurdo.

Entrevista do Promotor Maurício a CBN reconhece irregularidade do projeto de lei.

Audio da Radio CBN mostra entrevista do Promotor Maurício que foi feita no dia seguinte da Audiência Pública na comissão de constituição e justiça da Câmara Municipal.
Na entrevista fica muito claro a posição do Ministério Público em relação ao projeto de lei que tenta desvirtuar o proposito da operação urbana para construção do túnel e do parque.
Resta agora saber qual será a posição da Comissão de Constituição e Justiça em relação ao projeto.
Como o Promotor disse esperamos bom senso por parte dos integrantes.





Agradecimentos aos usuários do blog por nos avisar da existência desse audio.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Prefeitura quer vistoriar imóveis para desapropriação no Jabaquara

Matéria extraída do Jornal Zona Sul desta semana. Agradeçemos imensamente a reportagem.

As modificações que a Prefeiturapretende fazer na ligaçãoda Avenida Jornalista RobertoMarinho com a Rodoviados Imigrantes precisam seraprovadas pelos vereadores e ainda vencer barreiras na justiça,já que tanto o Ministério Público quanto o Tribunal deContas do Município questionam
as mudanças pretendidas para a obra, que integra OperaçãoUrbana Água Espraiada.

Mesmo diante de todo este imbroglio, moradores da VilaFachini foram surpreendidos esta semana por técnicos de uma empresa de engenharia terceirizada. As equipes pretendiam fazer medições e avaliações de benfeitorias existentes nos imóveis localizados na região em que, de acordo com o projeto modificado, fi cará o desemboque do túnel de 2,8 km vindo da Jornalista Roberto Marinho.

“Estamos alertando todos os proprietários de imóveis e pessoas que vivem no bairro para que não deixem estes profissionais entrarem”, diz uma das lideranças do movimento que se opõe às mudanças.

Ela conta ainda que tem em mãos a cópia da carta que os funcionários apresentavam para tentar entrar nas casas e que encaminhará este texto para os vereadores Aurélio Miguel e Adilson Amadeu,
que acompanham o caso.

“Isto demonstra a pressa do prefeito Gilberto Kassab em aprovar o projeto de lei, que é inconstitucional conforme opinião até do promotor público”,diz a moradora.

Ela ainda defende que o presidente da Câmara, vereadorJosé Police Neto, que é aliado de Kassab, tem feito manobras para evitar que o projeto passe por comissões de avaliação técnica no parlamento paulistano, com o objetivo de “empurrar para votação em Plenário o Projeto sem passar pela apreciação das Comissões competentes, deixando assim de lado todo e qualquer procedimento democrático de discussão”.


Na Assembleia Legislativa, os moradores da Vila Fachini também têm encontrado respaldo para se opor às mudanças pretendidas pela Prefeitura.

Na próxima terça-feira, dia 24, 19h, o deputado estadual Carlos Giannazzi vai promover uma audiência pública sobre o projeto. E convidou representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, advogados, integrantes dos movimentos Defenda SP e Preserva SP, membros da Associação
de Moradores do Entorno do Aeroporto, região que também será atingida pelas obras e desapropriações etc.

O deputado pretende abrir o debate tanto sobre as desapropriações que ocorrerão para construção do túnel e via parque, no entorno do córrego Água Espraiada, quanto no que se refere a remoção
das famílias que vivem em favelas e devem ser inseridas em programas habitacionais na própria região.

O fato de as mudanças propostas agora pela Prefeitura estabelecerem um traçado fora do perímetro estabelecido pela lei também serão discutidos na sala Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa.

Prefeitura de São Paulo aumenta pressão sobre moradores do Jabaquara, dizem lideranças

Matéria extraida do site Rede Brasil Atual de hoje. Agradeçemos a repórter Suzana Vier que sempre tem nos apoiado.


São Paulo – A Prefeitura de São Paulo está intensificando a pressão sobre moradores da Vila Fachini, zona sul de São Paulo, para dar continuidade às obras da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, denunciam moradores ouvidos pela Rede Brasil Atual. O bairro está entre as áreas que serão afetadas pela extensão da avenida Jornalista Roberto Marinho – antiga avenida Água Espraiada – até a rodovia dos Imigrantes.

Na quarta-feira (18), os moradores foram surpreendidos por técnicos do consórcio responsável pelas obras da operação urbana. Os profissionais estiveram no local para cadastrar e avaliar as residências, para possíveis desapropriações. Uma carta da empresa municipal São Paulo Obras foi entregue aos moradores cujas residências fazem parte do traçado da operação urbana.

Segundo lideranças do bairro, essa foi a segunda tentativa da Prefeitura de acessar as casas para avaliação. "Na primeira vez, a carta falava até em coação policial", lembra o morador Marcos Munarim.

“Os moradores estão assustados com essa pressão da prefeitura”, disse. "Foi um choque para a maioria, uma verdadeira invasão”.

Segundo Munarim, além de incômodo, o assédio da prefeitura também é ilegal. A avaliação das casas é parte das obras previstas no projeto de lei 25/2011, que está em análise na Câmara de Vereadores de São Paulo. “Esse novo projeto aumenta um túnel de 400 metros para mais de 2.350 metros, cujo valor é maior que a obra toda”, diz. “A operação urbana (Água Espraiada) tem uma lista de irregularidades”, afirma.

Outro problema apontado pelos moradores é o projeto de uma via parque que não constava no projeto original aprovado em 2001 e que será construído em parte da área de uma Zona de Especial de Interesse Social (Zeis). “Só na minha rua cinco quadras serão desapropriadas”, diz Raquel Oliveira Suzart, moradora da rua Francisco Emídio da Fonseca Teles. “(Gilberto) Kassab tá destruindo tudo”, critica. “Minha vida se transformou depois dessa notícia de parque. Agora eu vivo doente”, argumenta.

Guerra jurídica

Entre outras ações de resistência às obras, moradores prometem manifestações e ações jurídicas. Em 2010, os moradores entraram com três pedidos de abertura de investigação no Ministério Público (MP-SP). Os documentos pedem apuração de supostas irregularidades nos custos das obras, de classificação errada do PL 25/2011, falhas no Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (Eia/Rima) constantes no projeto da operação urbana.

Atualmente, as lideranças do bairro aguardam a tramitação de uma ação civil pública, protocolada em março de 2011, no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Para Munarim, é “impressionante” a falta de percepção das autoridades sobre as irregularidades da operação urbana Água Espraiada. “São centenas de páginas de irregularidades, mas não há atitude”, critica.

O morador também não poupa críticas ao presidente da Câmara de Vereadores da capital paulista, José Police Neto (ex-PSDB), por suposta pressa em tramitar e aprovar o projeto. “Ele burla o trâmite da Casa e coloca o PL para votar quando quer. Avisa só um dia antes que está na pauta e põe para aprovar em Congresso de Comissões (quando várias comissões se reúnem ao mesmo tempo, com o objetivo de agilizar a análise de projetos na Câmara de Vereadores)”, dispara.

Na terça-feira (24), os moradores participam de uma audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), proposta pelo deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL-SP).

Prefeitura

Procurada pela reportagem, até o fechamento da matéria, às 18 horas da quinta-feira (19), a Prefeitura da capital paulista não respondeu às denúncias dos moradores.

Matéria Jornal da tarde

19 de maio de 2011 |
23h34 |
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Categoria: Comportamento, Obras viárias, Urbanismo

LUÍSA ALCALDE

Funcionários da Prefeitura fazem inspeção em casas que podem ser desapropriadas pela obra de prolongamento da Avenida Roberto Marinho à Rodovia dos Imigrantes antes de o projeto de adequação viária ser aprovado pela Câmara Municipal.

Moradores da região do Jabaquara, na zona sul, foram surpreendidos na última quarta-feira por quatro funcionários de uma empresa terceirizada que queriam entrar em seus imóveis para fazer um levantamento para a elaboração do projeto.

Desconfiados de que a visita tinha a intenção de avaliar os imóveis que serão desapropriados para a passagem de um túnel de 3 km, a maioria não abriu as portas. O trabalho seria encerrado hoje.

Outro motivo foi que os terceirizados mostraram apenas uma carta, datada de fevereiro, com o timbre da SPObras, antiga Emurb, sem nenhuma autorização judicial. O documento detalhava que o objetivo era “efetuar medições do terreno e levantamento das benfeitorias nele existentes”.

“Nós nem sequer fomos notificados ainda oficialmente sobre as desapropriações”, protesta Marcos Munarim, morador do bairro e um dos líderes de um movimento de resistência contra a execução da obra, que, segundo ele, apresenta dezenas de irregularidades. “Soubemos que eles vieram aqui no bairro com plantas expropriatórias, fotos dos quarteirões”, detalha Munarim.

O aposentado Shiguriuke Ynoue, de 77 anos, conhecido na região como Francisco, morador da Rua Eulália há 45 anos, foi um dos que recebeu a visita dos técnicos e recusou a deixá-los entrar.

“Disseram que queriam fazer medições no terreno e que, se eu tivesse alguma dúvida, deveria ligar para a Prefeitura, mas mesmo assim não permiti”, conta ele, que se disse muito entristecido com toda essa situação. “Quase no fim da vida a gente ainda tem de brigar para não perder a casa. É muito triste.”

A assessoria de imprensa da SPObras informou, por meio de nota, que o propósito das visitas “é fazer um levantamento cadastral usual em projetos de engenharia que está sendo realizado em toda a região incluída no projeto de prolongamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho e da Via Parque”.

Além de moradores do Jabaquara, os de Americanópolis também receberiam as visitas.
O vereador Aurélio Miguel, contrário às mudanças que o Executivo quer fazer no projeto de prolongamento da Avenida Roberto Marinho, disse que os moradores não têm nenhuma obrigação de deixar ninguém entrar em suas casas, a qualquer pretexto, se dizendo enviados pela Prefeitura.

“Não há nenhuma decisão judicial para isso e o projeto nem sequer foi aprovado”, afirmou. O projeto do túnel faz parte de um conjunto de intervenções da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

ALERTA GERAL !!! URGENTE !!!

Atenção Moradores,

Hoje os moradores da Vila Fachinni, local do desemboque do túnel, foram surpreendidos por técnicos tercerizados pelo Consórcio Planservi,Engevix e Themag querendo realizar as medições nas residências para avaliação dos imóveis.

Encaminhamos a carta para a Câmara dos Vereadores e entregamos para os Vereadores Aurélio Miguel e Adilson Amadeu que orientaram a NÃO deixar entrar em nenhuma hipótese esses técnicos, pois, o PL 25/11 ainda não foi votado na Câmara dos Vereadores.

Isso serve para mostrar a todos a pressa que o Prefeito tem em aprovar esse Projeto Lei que é inconstitucional conforme próprio Promotor Mauricio e o Defensor Douglas puderam comprovar na audiência pública.

Aproveitamos também para avisar que o Presidente da Câmara José Police Neto e o líder do Governo Roberto Tripoli tem tentado através de manobras ardilosas empurrar para votação em Plenário o Projeto sem passar pela apreciação das Comissões competentes, deixando assim de lado todo e qualquer procedimento democrático de discussão do projeto com a participação da população.

Por isso, pedimos que fiquem em alerta todas as semanas daqui para frente, pois, o Projeto pode entrar em votação a qualquer momento.





segunda-feira, 16 de maio de 2011

Água Espraiada e o túnel da Vergonha

Matéria muito bem feita pelo Sr. Mauro do Blog Mauro Alves da Silva.






A imprensa tem dado grande destaque à mobilização de um grupo de moradores do rico bairro de Higienópolis contra a construção de uma estação do Metrô. Alguns moradores alegam que a estação vai trazer uma gente “diferenciada” para o bairro; e que a estação vai atrair camelôs e insegurança…

Por que esta mesma imprensa não está dando amplo destaque ao Túnel da Vergonha, que vai ligar o rico bairro do Morumbi à rodovia dos Imigrantes? Serão 2,3 quilômetros exclusivos para automóveis particulares, a um custo superior a R$ 3 bilhões! Tudo isso para que os “limpinhos” do Morumbi não tenham nem mesmo que ser incomodados com a “poluição visual” de 20 mil famílias morando em barracos das favelas ou em cortiços ou em outras moradias precárias…

É uma pena que os paulistanos, paulistas e brasileiros não estejam acompanhando e nem opinando sobre o que de fato está acontecendo na Cidade de São Paulo.
Tanto os prefeitos (atual e anteriores) quanto os vereadores são fortemente apoiados nas campanhas eleitorais com verbas das construtoras e entidades ligadas à especulação imobiliária. Não foi surpresa a cassação do prefeito e de outros 24 vereadores por receberem ilegais doações de uma entidade ligada à especulação imobiliária… [os políticos recorreram e suspenderam as cassações].

Não existe conselho de representantes nas 31 subprefeituras, contrariando o que determina a Lei Orgânica do Município de São Paulo… Pior que isto só mesmo o fato do atual prefeito nomear coronéis aposentados para o importante cargo de subprefeito…
Os atuais subprefeitos-coronéis não têm poder nem mesmo para decidir sobre “tapar um buraco de rua” nem cortar uma árvore podre que esteja ameaçando cair…

Com o esvaziamento dos poderes das subprefeituras (sem Saúde, sem Educação e sem Assistência Social), a única função dos coronéis-subprefeitos é correr atrás de camelôs e perueiros clandestinos… Polícia na Política é consagrar o total desprezo aos 11 milhões de cidadão paulistanos…

Sem política pública e nem planejamento urbano, sobra apenas os interesses das grandes construtoras e das entidades ligadas à especulação imobiliária… e as verbas publicitárias para calar a boca da grande imprensa!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

moradores do Jabaquara rejeitam obras de Kassab

São Paulo - Moradores de sete bairros atingidos pela operação urbana consorciada Água Espraiada são contrários à construção de um túnel de 2.350 metros na região do Jabaquara, zona sul da capital paulista. Lideranças ouvidas pela Rede Brasil Atual consideram que a obra, além de ilegal, deve levar à desestruturação da região. Caso seja aprovada pela Câmara de Vereadores de São Paulo, a construção do túnel vai exigir a retirada de cerca de 2 mil famílias a mais do que o previsto inicialmente em 2001.
“Praticamente vão acabar com o bairro”, alerta José Luiz, uma das lideranças da região. Ele avalia que 40% do bairro perderá a “vida que tem hoje”. Há 10 anos, o projeto anterior foi discutido e aprovado por moradores e parlamentares.

A lei 13.260/2001 que instituiu a operação urbana Água Espraiada prevê a extensão da avenida Jornalista Roberto Marinho – antiga avenida Água Espraiada – até a rodovia dos Imigrantes, com a construção de um túnel de 400 metros.
Um novo projeto de lei (PL 25/2011) apresentado este ano pelo prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM, a caminho do PSD) aumentou o tamanho do túnel para 2.350 metros nas proximidades da avenida engenheiro Armando Arruda Pereira, além de incluir outras obras como um parque linear de cerca de 600 mil metros. Em seu portal na internet, a prefeitura justifica que "o projeto tem como um dos seus principais objetivos revitalizar a região com a criação de espaços públicos de lazer e esportes".
O impacto das novas obras alcançam uma área bem maior do bairro, dizem os moradores. “As obras foram parar no meio das casas”, reclama o engenheiro civil José Orlando Ghedini, representante da Associação dos Moradores do Entorno do Aeroporto. Eles estimam que a reformulação do projeto vai causar a demolição de mais de 1.200 casas de médio e alto padrão de sete bairros regulares na região do Jabaquara. Também está prevista a remoção de 8.500 famílias de comunidades próximas para a construção de um parque linear.
“Não somos contra melhorar o bairro, mas somos contrários ao que a prefeitura está propondo fazer com obras que não fazem sentido e que vão expulsar principalmente moradores idosos”, diz Ghedini. “Mais de 60% da população do bairro tem mais de 60 anos e está sofrendo ao ver ser alvo de destruição um bairro que já é urbanizado, já é arborizado, em que não há nada mais a fazer”, descreve.
Ilegal
Na avaliação do vereador Antonio Donato (PT), compartilhada pelos moradores, o novo projeto é ilegal, porque altera a proposta inicial da lei 13.260/2001, entretanto foi apresentado pela Prefeitura como melhoria viária.
A opção da administração municipal, segundo o site do vereador, “é uma estratégia do prefeito para acelerar a aprovação”. Projetos de melhoria viária exigem um número menor de votos – apenas a maioria dos vereadores que estiverem presentes à seção do plenário. Se tramitar como alteração de uma lei que estabelece diretrizes urbanísticas seriam necessários os votos de 33 vereadores da Casa Legislativa.
“O PL foi classificado impropriamente como um projeto de melhoramentos viários, ou seja para fazer melhorias em obras já existentes, no entanto não há obras para melhorar, pois nada do que estava previsto na lei da operação urbana foi realizado ainda”, aponta Donato.

Prefeitura de São Paulo faz 'jogo sujo', dizem moradores do Jabaquara

Na data de hoje a repórter Suzana Vier, publicou duas reportagens no site Rede brasil Atual. Queremos agradecer a repórter pelas excelentes matérias.


São Paulo – Para moradores da região do Jabaquara, zona sul de São Paulo, a prefeitura adota propositadamente a política de dar informações desencontradas e não explicar projetos. A intenção seria evitar reações contrárias às obras da operação urbana consorciada Água Espraiada que deve afetar a vida de quase dez mil pessoas, em sete bairros do Jabaquara, alegam lideranças ouvidas pela Rede Brasil Atual. Mais de mil pessoas que moram em comunidades carentes decidiram não deixar o local se não houver contrapartida da prefeitura com habitações prontas.
A operação urbana prevê a extensão da avenida Jornalista Roberto Marinho – antiga avenida Água Espraiada – até a rodovia dos Imigrantes. A primeira versão do projeto foi aprovada em 2001, pela Câmara de Vereadores de São Paulo e moradores. Em 2011, a prefeitura apresentou à Casa Legislativa um novo projeto que incluiria a criação de um parque linear de 600 mil metros e a extensão do túnel previsto inicialmente para 400 metros para 2.350 metros. As mudanças no projeto enfrentam resistência de moradores por impactar um número maior de moradores.
Em seu portal na internet, a prefeitura justifica que "o projeto tem como um dos seus principais objetivos revitalizar a região com a criação de espaços públicos de lazer e esportes".
“Quando a prefeitura tentou aprovar a licença ambiental (das obras) apresentou fotos do córrego e das favelas, não do bairro, dos sobrados, do comércio”, detalha o engenheiro civil José Orlando Ghedini, representante da Associação dos Moradores do Entorno do Aeroporto. “É jogo sujo”, classifica.

Além do projeto da operação urbana estar ilegal, porque inclui mais obras que o aprovado pela Câmara Municipal em 2001, os moradores reclamam de ações arbitrárias do Executivo. “A prefeitura marca audiências em horários que as pessoas não podem ir e não responde às nossas questões”, denuncia a moradora Priscila Soares. “Eles (representantes da prefeitura) se esquivam o tempo todo dizendo 'não é do meu departamento'. Então, por que foram à reunião, se não sabem responder nada!”, indigna-se.

Segundo Priscila, um mapa antigo do projeto estaria sendo divulgado. “A prefeitura solta um mapa enganoso, faz um papelão”, diz Priscila. “Um mês atrás apresentaram dados do primeiro projeto, como se não soubéssemos que foi tudo mudado”, cita José Luiz, morador da região.

Ghedini estudou o orçamento de obras similares na cidade e encontrou problemas de custos nas novas obras da operação Água Espraiada. O projeto inicial custaria de R$ 900 milhões a R$ 1 bilhão. A nova proposta do prefeito Gilberto Kassab (ex-Dem rumo ao PSD) tem orçamento de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões, informa o morador. “Só a construção do túnel vai custar R$ 2 bilhões, mais do que o dobro do projeto que está na lei 13.260 inteirinho”, detalha.

Comparando dados da própria prefeitura sobre gastos em túneis, Ghedini observou diferença de custos entre outras obras e o túnel que pode ser construído no Jabaquara. “O (túnel da Lapa) dá R$ 240 mil o metro, o nosso dá R$ 700 mil o metro”. “Eu só estou lendo o que foi publicado no site da prefeitura de São Paulo”, justifica.
Só com moradia
De acordo com a líder dos moradores da Rocinha Paulistana, Isabel Cristina Candido, as comunidades carentes só deixarão as áreas que vão fazer parte da operação urbana com moradias prontas. “Não vamos mais aceitar cheque aluguel de R$ 300”, cita, em alusão à bolsa-aluguel paga pela prefeitura. “Não nos incomodamos de desocupar a área, mas dessa forma, não queremos sair da nossa casa”, afirma.

Parte dos moradores já foi retirada quando a prefeitura oferecia até R$ 5 mil de indenização para deixar o local. Atualmente, cerca de 1.200 famílias que ainda vivem na região decidiram rejeitar a bolsa-aluguel e exigir “moradia já”, destaca. Segundo Cristina, é grande a dificuldade para conseguir um aluguel com o valor pago pela prefeitura. “Quem aceita o cheque aluguel fica esquecido. Queremos sair com dignidade.”

A liderança acredita que falta bom senso à prefeitura de São Paulo ao propor um parque de 600 mil metros, ao preço de desalojar milhares de famílias. “Não precisamos de um parque desse tamanho. É uma questão de bom senso”, diz.

terça-feira, 10 de maio de 2011

URGENTÍSSIMO BOMBA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

ATENÇÃO MORADORES

Através de uma manobra ardilosa , desleal, e repugnante o Presidente da Câmara JOSÉ POLICE NETO e o lider do Governo ROBERTO TRIPOLI, convocaram uma reunião extraordinária para votação em plenário do Projeto de Lei (PL25/2011) AMANHÃ as 15:00horas na Câmara Municipal.

Essa reunião foi publicada no Diário Oficial na data de hoje, ou seja, para não termos tempo hábil de reunir os moradores interessados no Projeto.

A estratégia do Executivo, apoiado pelo Presidente José Police Neto é fazer com que o Projeto passe nesse mesmo dia nas Comissões ( Justiça, Política Urbana, Finanças)para assim, ser votado em plenário logo em seguida.

Com essa estratégia o Ditador Kassab junto de seus líderes na Câmara pretendem passar um verdadeiro rolo compressor em cima de nós, aprovando AMANHÃ o novo Projeto ILEGAL, conforme o próprio Promotor Maurício e o Defensor Douglas puderam averiguar na audiência do dia 28/04.

Por isso é de EXTREMA IMPORTÂNCIA o comparecimento em massa de todos e de preferência por volta das 14:00 horas devido ao risco de haver lotação e ninguém poder se manifestar.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Reunião com o Defensor Público amanhã !!

Atenção moradores,

Amanhã 10/05/11 as 14 hrs. nos reuniremos com o defensor Publico Dr.Douglas Magami.Na Defensoria Publica: Av: Liberdade nº 32- 7º andar.

Dr. Douglas estava presente na audiência pública do dia 28/04 e aceitou nos receber para discutirmos sobre o nosso caso.

Essa reunião é de extrema importância, principalmente para que será afetado pelo parque.

Contamos com a presença de vocês.

sábado, 7 de maio de 2011

Vídeo do ano passado alerta para perigo das desapropriações

Este Vídeo do ano passado dá uma idéia do que vem pela frente, caso a ambição do Vampiro Kassab não seja contida e isso é um exemplo de alerta não somente para São Paulo e sim para o Brasil , pois ninguém poderia contar com tão poderosas manobras que esse Vampiro vem realizando para se perpetuar no poder .





"Reparem na fala do General "


Serra teria aberto a "Caixa de Pandora" ???

Pois é o que parece , ao apoiar fervorosamente o "Vampiro Kassab ", ele teria aberto literalmente a "Caixa de Pandora " e libertado essa "Besta Adormecida" que tem causado um verdadeiro Caos na Cidade de São Paulo ao propor obras que varrerão do mapa milhares de familias , tudo em pró do setor imobiliário , e das construtoras "sedentas por novos espaços a explorar financeiramente" passando por cima de qualquer lei e o pior com complacência até de boa parte do judiciário que faz vista grossa a irregularidades gritantes.

O Irônico é que o próprio Serra hoje está isolado e ferido e seu partido despedaçado pela "Besta" que ele mesmo "libertou".

Fica o aviso a todos os Brasileiros para ficarem de olhos bem abertos , pois a ambição desse "Vampiro " ela tem proporções continentais.
Basta ver o estrago que ele causou nos partidos pelo Brasil afora , além de comprar a maior parte dos Vereadores paulistanos para conseguir o que quer.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Das operações urbanas a uma luta de boxe pública

Reportagem extraida do site Rede Brasil Atual


Não é raro sobrar para profissionais da imprensa parte da bronca com o Executivo. Os moradores da Luz, por exemplo, reclamam que veículos de comunicação acabam apoiando as pretensões da prefeitura quando tratam todo o bairro por "cracolândia". As pessoas viciadas em crack concentram-se em apenas parte das ruas do local. Há ainda a desconfiança corrente – que beira uma teoria da conspiração – de que a tal "cracolândia" teria sido "instalada" justamente para degradar e depreciar o preço dos imóveis na região.

No que diz respeito à cobertura da mídia, não se pode dizer que a versão dos moradores seja fantasiosa. Asuspensão das ações do projeto pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, no dia 25, foi noticiada em veículos de comunicação como projeto na "cracolândia". Até porque, quem seria contra um "projeto de reurbanização da área conhecida como cracolândia, no centro da capital paulista"? O trecho mencionado consta de várias reportagens publicadas a respeito.

Debaixo d'água

Os moradores do Jardim Pantanal ficaram meses com os móveis levantados, posicionados sobre cômodas, cadeiras ou no que estivesse disponível. Isso para quem conseguiu salvá-los, no verão de 2009 e 2010, devido às enchentes que tomaram conta do bairro por cerca de três meses. Quando as águas baixaram, começaram as remoções de famílias pela prefeitura de São Paulo para a construção do Parque Várzeas do Tietê, de responsabilidade do governo estadual.

No local, os moradores revoltam-se e resistem à retirada de famílias. Segundo a maioria deles, a ação é realizada de forma arbitrária, com pressão de funcionários da prefeitura para a aceitação de uma bolsa-aluguel de R$ 300. O valor é insuficiente para alugar imóveis, segundo os moradores. O destino das famílias que aceitam o benefício são outras áreas de risco, sem infraestrutura – e, talvez, a espera de uma nova ação de remoção. Tudo para o o problema recomeçar em outro lugar.

Também há relatos de cheques de R$ 5 mil, conhecidos como "cheques-despejo", que serviriam de indenização para as pessoas abrirem mão de casas – em muitos casos sem titulação de propriedade. Ainda há a possibilidade de o morador entrar em uma lista de espera para a compra de apartamentos construídos futuramente, de prazo nem sempre claramente definido.

Além do prazo obscuro para as construções, moradores se perguntam: "Por que entrar na fila para algo que vou pagar e eu já tenho, mas querem que eu deixe?" A questão ecoa na mente daqueles que têm casas bem instaladas, mas suas regiões serão contempladas com operações urbanas, parques ou outras obras da prefeitura.

Na região do Jabaquara, zona sul de São Paulo, é a construção de um túnel que tira o sono de moradores de sete bairros. Eles discordam do traçado do túnel que faz parte da operação urbana Água Espraiada. O projeto inicial incluía um túnel de 400 metros, mas o traçado foi alterado e deve ter 2,850 metros.

A nova proposta, além de mais cara, vai exigir a retirada de mais de mil famílias, podendo chegar até duas mil, segundo moradores. Além das duas mil famílias – não pessoas – acrescente-se mais 12 mil famílias de comunidades carentes que vivem ao longo da avenida Roberto Marinho, antiga Água Espraiada, que deve ser estendida até a rodovia dos Imigrantes.

Paulistanos contra obras?

Nesse caso, mais uma vez, a história contada pelos moradores repete-se: falta de informações sobre as obras, medo de perder as residências, pressão para deixar o local e descontentamento da comunidade com as obras da prefeitura. Um morador apresentou uma tese interessante quanto a importância das remoções de forma rápida pela prefeitura: depois de removidas as famílias da área, cada uma vai para um lado, com cheque ou bolsa-aluguel. E perde-se a força do conjunto, que permitiria reivindicar negociação com o poder público ou simplesmente pautar a mídia.

Em entrevista com o presidente dos Dirigentes Lojistas da Santa Ifigênia, Joseph Hanna Fares Riachi, sobre os pontos que preocupam os comerciantes da região sobre o projeto da Nova Luz, ele fez um alerta, em forma de questionamento. "Desde quando São Paulo rejeita obras e por que em todos os lugares estão sendo rejeitadas?"

A cidade já teve figuras "tocadoras de obras" como seus grandes representantes. Seja Adhemar de Barros (prefeito de 1957-1961), José Vicente Faria Lima (1965-1968) ou, mais recentemente, Paulo Maluf (que administrou a cidade de de 1969 a 1971 e de 1993 a 1997), o perfil do administrador típico era o de quem aposta na engenharia civil como motor. Mesmo que as intervenções que caracterizaram a pouco ordenada expansão paulistana tenham sofrido contestações pontuais, a pergunta de Riachi fica no ar.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Novo Projeto da Água Espraiada é ilegal

Matéria extraída do site do Vereador Donato. Aproveitamos para mais uma vez agradecer o apoio e a ajuda do Vereador e sua assesora nessa luta contra o Executivo.

Do ponto de vista técnico, do ponto de vista econômico e do ponto de vista jurídico, o projeto de lei do Executivo que pretende alterar a Operação Urbana Água Espraiada não está correto. A bancada do PT, os representantes dos moradores e dos órgãos do judiciário são contrários ao projeto.

Desde o ano passado, o Vereador Donato vem denunciando que as obras que a Prefeitura pretende fazer através da Operação Urbana Água Espraiada são ilegais e só poderiam ser feitas depois de aprovada uma alteração na Lei 13.260/2001 que a criou. O Projeto de Lei 25/2011 do Executivo, que passou por audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça hoje, 28/04, deveria cumprir essa função. Vários problemas foram constatados.

O projeto PL 25/2011 do Executivo foi apresentado na Câmara para alterar a Lei 13.260/2001 que criou a Operação Urbana Água Espraiada. O Projeto altera apenas o artigo 28 dessa Lei, onde se fala de melhoramentos viários.


O que está por trás do “melhoramento viário” é, na verdade, uma estratégia do Prefeito Kassab para acelerar a aprovação.


As principais alterações são: a Lei prevê formação de áreas ajardinadas, o projeto prevê a implantação de um parque e de uma via parque (áreas ajardinadas que acompanham as margens de uma avenida); a lei previa a execução de um túnel de 400 metros sob a Avenida Armando Arruda Pereira até a Rodovia dos Imigrantes, o projeto prevê a execução de um túnel fazendo a ligação da Av Roberto Marinho até a Rod dos Imigrantes.


O projeto não detalha a extensão do túnel nem a largura das vias, o que estava determinado na Lei. Sabe-se que o túnel terá a extensão de 2.350 metros a partir de depoimentos do Secretário de SIURB .


A Via Parque não constava da Lei de 2001, o novo projeto prevê que o parque terá um percurso de 3.700.

O projeto também prevê a abertura de um 2º túnel sob a Rua José Guerra, uma “Via Expressa Subterrânea” de aproximadamente 1 quilômetro e a construção de uma ponte entre as pontes Morumbi e João Dias. Nada disso estava previsto na Lei.

O PL 25/2011 foi classificado impropriamente como um projeto de “melhoramentos viários”, ou seja, para fazer melhorias em obras já existentes, no entanto, não há obras para melhorar, pois nada do que estava previsto na Lei da Operação Urbana foi realizado ainda.


Para aprovar uma Lei como a da Operação Urbana que estabelece diretrizes urbanísticas, altera o zoneamento da cidade e o Plano Diretor é preciso haver voto de 33 vereadores da Câmara. Já para aprovar um projeto de “melhoria viária” é preciso apenas o voto da maioria dos vereadores que estiverem presentes numa seção do plenário. O prefeito tem a garantia de pelo menos 31 votos, classificando o projeto como “melhoria viária” Kassab garantiria sua aprovação, independentemente das críticas da população e de outros vereadores.


O projeto é ilegal


Segundo Donato, o projeto é ilegal porque deveria alterar o perímetro da Operação Urbana e não fez isso. Por exemplo, 70% do percurso do túnel da Roberto Marinho está fora do perímetro estipulado na Lei de 2001, o projeto 25/2011 não aumentou o perímetro da operação para, assim, incluir o túnel.

Uma obra economicamente inviável


Sob o ponto de vista econômico a obra também é ilegal, porque obras de Operações Urbanas só podem ser realizadas com verbas privadas arrecadadas com a venda dos títulos CEPAC (autorizações que permitem a construção de áreas maiores do que o zoneamento da região permite). Cada Operação Urbana realizada na cidade tem os seus títulos próprios e as verbas arrecadadas com essa venda só podem ser investidas no perímetro da Operação.

No caso da Água Espraiada, a venda de CEPACs arrecadou R$ 1 bilhão e 300 milhões de reais desde 2001, quando a Lei foi aprovada. Hoje, há em caixa R$ 900 milhões. A previsão é que a obra custe mais de R$ 4 bilhões de reais, o que equivale a mais de 10% do orçamento da Prefeitura para este ano.


Em 9 anos a Prefeitura arrecadou menos de um terço do valor das obras, para Donato isso indica que não haverá dinheiro para fazer tudo, a não ser que a Prefeitura coloque dinheiro público (que poderia ser investido em transporte público e em hospitais, por exemplo) nessas obras.


O auditor do TCM lembrou que em 2009 a licitação das obras já haviam sido suspensas devido as irregularidades, afirmou que o TCM se oporá novamente caso o projeto seja aprovado como está.


Moradores da região são contra


O Defensor Público, Douglas Magami, do Núcleo de Habitação da Defensoria Pública cobrou o pleno atendimento das famílias que vivem em habitações precárias e que serão removidas da região do córrego Água Espraiada. Afirmou que o Projeto de Lei contem um desvio de finalidade das ZEISs.

O Plano Diretor da cidade estabelece que as ZEISs (Zonas Especiais de Interesse Social) devem ser destinadas exclusivamente para habitação popular. Algumas dessas áreas serão ocupadas por obras de outra finalidade.

Cerca de 7 mil famílias será removidas e o temor é que a Prefeitura apenas dê um atendimento provisório e não construa moradias suficientes para todos. A ocupação irregular das ZEIS pode obrigar a transferência dessas pessoas para outras regiões distantes da original, o que a lei proíbe isso.

Em resposta a arquiteta Rosa Maria, limitou-se a afirmar que a habitação “é uma prioridade da cidade de São Paulo” e será primeira etapa da obra. As pessoas já começaram a receber notificações para saírem dos locais, mas as habitações ainda não foram construídas.


Além da comunidade que será removida, o projeto de lei prevê que cerca de 900 imóveis de médio a alto padrão serão desapropriados para dar lugar às intervenções. Moradores dessas casas suspeitam que a Prefeitura não pagará os valores de mercado dos imóveis que chegam a R$ 1 milhão de reais.


A representante do Conselho Gestor da Operação Urbana Água Espraiada , afirmou que o projeto de lei não foi apresentado ao grupo. De acordo com a Lei da Operação Urbana, todas as alterações deveriam ser discutidas com esse conselho.


O Promotor do MP, Mauricio Oliveira, foi enfático. Afirmou que se o projeto for sancionado como está será questionado pelo Ministério Público na Justiça, pois, “fere inúmeras determinações legais e constitucionais”.


Além dos vereadores e de muitos representantes dos moradores, participaram o Secretário Adjunto de SIURB Pedro Evangelista, a Assessora do Secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Luiz Bucalem, arquiteta Rosa Maria Miraldo, o Auditor do Tribunal de Contas do Município, Luiz Camargo, o Promotor de Justiça do Ministério Público, Maurício Oliveira, o Defensor Público, do Núcleo de Habitação e Urbanismo, Douglas Magami, além de técnicos de SIURB, entre eles, Luiz Carlos Lustres e Luiz Brunheira.