segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Reportagem do site de UOL: Orçados em R$ 4,4 bilhões, parques lineares removerão mais de 20 mil famílias em SP

Reportagem que saiu hoje no site da UOL.Segue abaixo alguns trechos, para ler na íntegra clique no título.



As obras da Operação Urbana Águas Espraiadas e do Parque Linear Várzeas do Tietê removerão mais de 20 mil famílias de suas casas nos próximos anos, segundo estimativa do governo. Juntos, os dois projetos estão orçados em R$ 4,4 bilhões e devem ser inaugurados até 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil.

Apesar do grande número de desapropriações e do custo elevado das obras, lideranças comunitárias e o defensor público Carlos Loureiro denunciam a falta de planos de habitação mais detalhados e transparentes que indiquem qual será o destino das famílias que serão atingidas, na sua maioria de comunidades carentes.

As constantes alterações no projeto Operação Urbana Águas Espraiadas (leia no box abaixo) e as indefinições em torno da obra, que prevê a extensão da avenida Jornalista Roberto Marinho até a rodovia dos Imigrantes por meio de um túnel e a construção de um parque linear na superfície, preocupam as mais de 10 mil famílias que devem ter os imóveis desapropriados.


O projeto de prolongamento da via foi aprovado em 2002, na gestão de Marta Suplicy (PT), mas previa um túnel menor, com apenas 400 metros. A ampliação do túnel para 2,4 km e a implantação do parque linear foram mudanças aprovadas pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM).

A auxiliar administrativa Priscila Soares, moradora da Vila Facchini, afirma que cerca de 2.000 famílias não seriam atingidas pelo projeto anterior e terão que ser removidas da região se as alterações forem mantidas. “Nenhum morador foi consultado sobre as mudanças. Está tudo muito obscuro. Ninguém falou para nós como serão as indenizações”, afirma Soares, que integra um movimento de proprietários de imóveis e comerciantes contrários às mudanças aprovadas na gestão de Kassab.

Além das famílias que foram pegas de surpresa com a possibilidade de desapropriação, há outras 8.556 que moram em 16 favelas da região e já foram cadastradas pela Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) para serem reassentadas em áreas próximas da região ou para receberem auxílio-aluguel no valor de R$ 300 mensais até que as moradias que integram a obra fiquem prontas.

O defensor público Carlos Loureiro, que acompanha a situação das famílias afetadas, afirma que a construção das moradias já deveria ter começado antes mesmo do início da obra. Segundo ele, não há um plano habitacional claro para as famílias que perderão suas casas. “Já existem áreas desapropriadas, mas os empreendimentos [habitacionais] sequer começaram. Não dá para saber se os terrenos [destinados aos reassentamentos] serão suficientes para receber os moradores”, diz.

Loureiro teme que se repita o que ocorreu durante o processo de construção do trecho que já existe da avenida Jornalista Roberto Marinho, quando cerca de 50 mil moradores de favelas que existiam no local desde a década de 70 foram retirados e, grande parte deles, acabaram indo morar em áreas de proteção ambiental do extremo sul da capital.

“Existia um complexo de favelas que foi removido, de forma agressiva, para regiões de mananciais na periferia. Isso é uma prova de que o próprio poder público falha ao desrespeitar direitos básicos. É preciso tomar cuidado para que isso não se repita”, afirma.


Um comentário:

  1. Sobre a "suruba orgiástica" que os parasitas sociais promovem com o dinheiro público municipal,quero ver quem irá responder pelos R$ 22.000.000,00 pagos/devidos pelo município ao "renomado arquiteto" Paulo Bastos,depois que o representante legal do consórcio deempreiteiras
    disse perante a Comissão de Finanças e Orçamento(reunião do dia 28/09/2010),que nem testes fizeram para saber as reais condições do terreno,onde passaria o túnel desenhado pelo tal arquiteto,pois já se sabia,através das cartas/mapas geológicos da cidade de São Paulo,que o terreno era impróprio para receber este tipo de construção.

    Ora,bem!Se já se sabia de antemão que o terreno,onde passaria o túnel,não era próprio a receber este tipo de obra,por que então os R$ 22.000.000,00 pagos/devidos pelo município ao "renomado arquiteto" Paulo Bastos ?

    E o pederasta?Será que ele está preocupado com isso tudo ou será que ele está mais preocupado em receber sua dose diária de leitinho quente e cremoso,obtido através de intenso movimento de vai-e-vorta(sic)na mesma hora em que é consumido ?

    Bem,mas afinal,quem irá responder por essa mamata de R$ 22.0000.000,00 praticada pelos parasitas socias de sempre ?

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