sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Importante matéria da Folha de São Paulo comentada por Raquel Rolnik
Como a própria Arquiteta e Urbanista Mariana Fix alerta , tudo isso não passa de uma faxina Social, onde a população carente , alem dos proprietários de classe média que estão na mira das grandes obras que o governo planeja para o ano que vem , na mais pura intenção de "encher os bolsos" de alguns empreiteiros, politicos e também secretários , empurram essa população mais ainda para as periferias.
O mais triste na minha opinião é ver hoje essas pessoas se aproveitarem de temas muito importantes como o meio ambiente, para justificar todo tipo de estrago causado nessas populações, ou seja a exemplo de nosso ex-governador e nosso atual secretário do verde e meio ambiente que são ambientalistas de ocasião , pois é muito necessário defender essas bandeiras quando se quer licenciar as mais diversas obras que servem para pagar suas dividas politicas com essas empreiteiras.
O único verde que esses homens "ambientalistas convictos de ocasião" defendem mesmo é o verde dos milhares de "dólares " que nascem prósperos nas gigantescas "estufas " das grandes Empreiteiras que ganham todas as obras dessa cidade.
Prefeitura defende remoções forçadas e urbanista explica ciclo do despejo na cidade
28/10/10 por raquelrolnik
Ontem (27) a Folha publicou mais uma matéria sobre remoções forçadas causadas por projetos desenvolvidos pelo poder público na cidade de São Paulo. Abaixo segue a matéria na qual a prefeitura defende os despejos sem oferta de moradia adequada à população. E, na sequencia, um interessante artigo da urbanista Mariana Fix, que problematiza a questão e explica a lógica do ciclo do despejo como política pública.
Prefeitura defende despejo mesmo sem oferta de moradia
Para secretário da Habitação, aluguel de casa é alternativa para quem vive em área de risco
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO
O secretário municipal de Habitação, Ricardo Pereira Leite, defendeu a retirada de famílias de casas irregulares em áreas de risco mesmo que a prefeitura não possa lhes oferecer moradia definitiva. Hoje, a cidade de São Paulo tem 12 mil famílias recebendo dinheiro da prefeitura para alugar um imóvel. Na segunda-feira, reportagem da Folha mostrou que o Estado vive o maior despejo coletivo de sua história -165 mil perderão sua casas até 2015- e que a maioria é desalojada sem ter para onde ir.
“Em Nova York, 70% dos imóveis são alugados. O presidente da Cohab de lá vive num imóvel alugado. O aluguel é uma forma de provisão de moradia, embora continue sendo necessária a oferta de uma moradia fixa”, diz. Elisabete França, superintendente de habitação popular da secretaria, concorda. “Quantas pessoas de classe média, estudantes, vivem hoje em casas de aluguel?” Segundo ela, os contemplados pelo auxílio-aluguel recebem um termo de compromisso da prefeitura de que terão imóvel definitivo.
Para o secretário, o importante é retirar as famílias de áreas de risco. “No ano passado, algumas pessoas morreram. A gente precisa fazer isso [o despejo]. Temos de, ao mesmo tempo, produzir [imóveis] e zelar pela vida.” Segundo a secretaria, o município precisa mais que dobrar o gasto hoje com habitação para dar conta da demanda -há 800 mil vivendo em moradias inadequadas. O município aplica R$ 1,5 bilhão por ano em habitação, mas o ideal seriam R$ 3,6 bilhões -o Orçamento da cidade para 2011 será de R$ 34,6 bilhões. A prefeitura investe 61% do total, seguida da União (24%) e Estado (15%).
EQUÍVOCO
Para Carlos Loureiro, defensor público de habitação e urbanismo, é um equívoco retirar pessoas de suas casas sem ter moradia definitiva.
“Transfere a responsabilidade para a pessoa. E ela tem de lidar com o mercado de locação, muito sensível à lei da oferta e da procura. Você estimula uma grande procura, os preços variam com muita intensidade e o valor do auxílio se revela insuficiente.”
A desempregada Cássia Ferreira Lopes, 32, é um exemplo de como o auxílio-aluguel pode dar errado. Ela teve de sair de sua casa no Jardim Pantanal (extremo leste de SP), passou a receber ajuda de R$ 300 mensais, morou em dois lugares em Itaquera, não conseguiu pagar o aluguel, voltou e retomou seu imóvel condenado. Lá, onde vivia há 26 anos, resiste agora, com seus três filhos, um deles um bebê de dez meses -ela é divorciada. “Voltei, vi minha casa em pé e entrei. Consegui colocar minha filha de volta na mesma escola. Antes, não comia, chorava, estava em depressão. Agora, vou lutar.”
Moradores de favela vivem ciclo de despejo como política pública
MARIANA FIX
ESPECIAL PARA A FOLHA
O Brasil é conhecido no exterior por sua experiência em urbanização de favelas e por ter uma legislação considerada progressista no campo do direito à cidade. Diversos municípios têm se dedicado, no entanto, a desenvolver uma tecnologia de “remoção” de favelas contrária aos direitos sociais.
Em São Paulo, a prática foi institucionalizada por Jânio Quadros (1985-88) com o nome de “desfavelização” e teve na gestão Maluf (1993-96) um dos seus casos mais emblemáticos: a expulsão de mais de 50 mil pessoas para a abertura da avenida Jornalista Roberto Marinho.
Nessas ações, os habitantes das favelas costumam enfrentar pressão e violência, e são forçados a abandonar rapidamente suas casas. Recebem ofertas como verba em dinheiro (o “cheque-despejo”), bolsa-aluguel ou passagens para mudar de cidade. Se tiverem chance de entrar em algum financiamento para habitação, precisarão aguardar em alojamentos por vários anos.
Na mira do trator, na verdade são geralmente empurrados para outras favelas, cada vez mais longe -frequentemente, em beiras de córregos ou nas margens das represas de abastecimento de água, protegidas por lei.
O destino não é casual. A lei de proteção ambiental retira aquelas terras do jogo imobiliário, que define o preço de cada pedaço da cidade quase sempre acima dos baixos salários que a maioria dos brasileiros recebe.
Nas margens da represa, sua presença é temporariamente tolerada por não interferir nos circuitos de valorização imobiliária, até serem novamente ameaçados de expulsão.
Na falta de alternativas, essa é a saída que encontram pedreiros, porteiros, vigias, domésticos e diaristas, entre muitos outros, para não ficarem mais longe do lugar no qual trabalham.
O problema aumenta quando, em vez de uma política ambiental, prevalece o discurso supostamente ecológico para criminalizar esses moradores, ignorando a lógica de produção social da cidade. Basta ver o panfleto “É crime”, recentemente distribuído pela prefeitura nas escolas aos filhos dos moradores do Jardim Pantanal.
É também grave quando obras como a ponte Octavio Frias de Oliveira absorvem todos os recursos da Operação Urbana, que deveriam ter sido repartidos com a habitação social na região da Água Espraiada. Uma enorme desproporção entre a rapidez para produzir grandes obras viárias e a demora em relação à moradia. Até hoje nenhuma foi construída.
Assim, as favelas não são eliminadas, como dizem, mas deslocadas para áreas de menor interesse imobiliário, onde a população vive em condições ainda piores.
São ciclos implacáveis de assentamento, despejo, reassentamento. Entre as consequências estão o aumento das disparidades sociais, a sobrecarga do sistema de transporte e o agravamento dos problemas ambientais e de saúde pública.
MARIANA FIX é arquiteta e urbanista.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Sujeira atrás de sujeira
Depois do ex Presidente da Dersa Paulo “Preto” ser apontado pelo Vereador Donato como suposto responsável pela mudança do trajeto do túnel de Prolongamento da Água Espraiada, hoje surge mais um escândalo envolvendo o nosso Governo:As empreiteiras que ganharam o consorcio das linhas do Metrô.
Em reportagem exibida pela Folha, o jornal diz saber 6 meses antes a vencedora.
E entre as vencedoras as Empreiteiras que também estão pré- qualificada para a obra no nosso túnel.
O próprio Governador Goldman disse não saber o que aconteceu (será?)
Sabemos que essas Empreiteiras são uma máfia que querem enriquecer mais e mais e com o total apoio dos Governos Municipal , Estadual e Federal.
Cabe agora o Ministério Público fazer seu papel ( desta vez corretamente) e averiguar o que houve.
Goldman não descartou a possibilidade de ter havido formação de cartel entre as construtoras vencedoras para conseguir a licitação.
"isso sempre é uma possibilidade. Em qualquer licitação que se faça essa possiblidade sempre existe. Por isso é que se estabelecem preços-tetos. Aliás, na primeira licitação que foi feita e nós cancelamos, os preços todos estavam acima dos tetos, 30%, 40%, 50% acima dos tetos, e então foi refeito todo o processo licitatório".
"Agora, se entre eles (empreiteiras) foi feito algum tipo de conluio nós não sabemos. O que temos convicção é que da parte do Poder Público não houve nenhuma intervenção nesse processo, a não ser dentro da legalidade", completou o governador.
Os sete lotes da linha 5-Lilás custarão ao Estado, no total, R$ 4,04 bilhões. As linhas 3 e 7 consumirão a maior parte desse valor.
Pelo edital, apenas as chamadas "quatro grandes" Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez e Metropolitano (Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão) estavam habilitadas a concorrer a esses dois lotes, porque somente elas possuem um equipamento específico e necessário (shield). Esses dois lotes somados consumirão um total de R$ 2,28 bilhões.
sábado, 23 de outubro de 2010
Resultado da Audiência Pública orçamento 2011

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A Audiência foi presidida pela comissão de finanças e contou com a presença do também "ilustre" secretário do planejamento Rubens "Chammas" que "incendiou" a platéia e a comissão com seu otimismo no que diz respeito as receitas previstas para o ano de 2011, acompanhado também de seu batalhão de assessores e secretárias que batiam palmas incessantemente , conforme o chefe apresentava os tópicos propostos na peça orçamentária e que segundo ele nunca houve tanta transparência como na atual administração.
Sabemos que tal transparência é proporcional ao tamanho do porte físico do secretário.
Houve protestos por parte da população e das associações presentes, em quase toda a audiência.
E mais uma vez , como em toda audiência pública a população foi colocada de lado no que diz respeito ao direito de se manifestar , pois foram gastos 80% do tempo com as explanações tanto do secretariado , como do legislativo deixando as pessoas com pouquissimo tempo para fazer suas considerações, que nunca são levadas em conta em nenhuma audiência até hoje e importante também ressaltar o autoritarismo por parte da mesa para com as pessoas que se manifestaram durante a audiência.
Com relação a operação Agua Espraiada , ficou claro e foi dito em alto e bom som pelo secretário que o poder público ja reservou quase 1 bilhão de reais para fazer o "Túnel". Algumas lideranças de comunidades estiveram presentes também na audiência.
Por fim fica evidente para quem comparece, que esse método de Audiência é vergonhoso e não acrescenta nada para a democracia do País , pois podem 100.000 pessoas se manifestar contra algum item ou tópico e mesmo assim ninguém consegue mudar nada do que o executivo pretende fazer, mesmo sem o consentimento da população.
Resumindo eles tem argumentos até para explicar o inexplicável.
Para comemorar o festival de "Grana " que está previsto para o referido orçamento e também em homenagem ao clima atual de "Recheio da Bufunfa " afinal de contas a cidade está nadando em dinheiro, o blog deu uma repaginada e deixa esse video para descontrair.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Alerta.
O "ilustre" prefeito Kassab, já reservou nessa peça orçamentaria quase 1 bilhão de reais dos cofres públicos para fazer o túnel da Agua Espraiada e que será mencionado na referida audiência.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Conhecendo o inimigo.
Esta empreiteira, também está ligada ao nosso problema, pois é uma das vencedoras do consórcio que pretende construir o infâme túnel de 2.4 km da Agua espraiada.
Curiosamente , a reportagem ja citava irregularidades( recebimento propina) com outro personagem que é a "Bola da vez " na atualidade, o "Sr.Paulo Preto" , sim o mesmo Paulo Preto suposto "mandante do atual túnel da Agua Espraiada" pois era o diretor do DERSA na ocasião da mudança do túnel e que foi esclarecido na Câmara pelo consórcio ganhador do projeto do túnel, que foi o DERSA que mudou para o túnel.
E por fim nem nos causa espanto, a parte que fala do envolvimento criminoso de alguns representantes do Ministério público , pois os mesmos tambem tem sido personagens de nossa agonia , fazendo "Vista Grossa" para as diversas irregularidades que são de conhecimento público , da Operação Urbana Agua Espraiada.

Folha de S.Paulo - 09/12/2009
Operação Castelo de Areia: PF vê indício de pagamento para secretário de Kassab
FLÁVIO FERREIRA
Documentos apreendidos pela Polícia Federal na Operação Castelo de Areia mostram indícios de pagamentos de propina pela construtora Camargo Corrêa ao secretário municipal de Habitação de São Paulo, Elton Zacarias, ao presidente da Câmara Municipal paulistana, Antonio Carlos Rodrigues (PR), ao vereador Toninho Paiva (PR) e ao deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que é réu no processo do mensalão.
A Procuradoria da República em São Paulo, que recebeu o relatório final da Castelo de Areia em 22 de novembro, ainda recomenda novas investigações sobre os senadores Inácio Arruda (PC do B-CE) e Renato Casagrande (PSB-ES), cujos nomes são referenciados em papéis recolhidos na operação.
Os políticos dizem não ter conhecimento sobre o inquérito da PF e negam o recebimento de propinas ou a participação em irregularidades. O órgão federal em São Paulo encaminhou anteontem à Procuradoria-Geral da República e à Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo requerimentos para que sejam aprofundadas as investigações em relação a Zacarias e aos parlamentares.
Um dos objetivos é que seja investigado se o secretário de Habitação e os vereadores da capital receberam propina para interceder pela liberação de um terreno na rua Tuiuti, no Tatuapé (zona leste de SP), que a empreiteira queria comprar.
A aprovação ainda depende de autorização do Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo). A documentação recolhida em escritórios e casas de executivos da empreiteira traz indícios de que Elton Zacarias receberia R$ 1 milhão, e os vereadores, R$ 800 mil, da construtora.
Em relação aos dois vereadores do PR -Paiva é representante da Câmara no Conpresp-, há inscrições que sugerem que eles foram beneficiários de um pagamento no valor de R$ 100 mil, no dia 25 de abril de 2008, e receberiam os R$ 700 mil restantes em 90 dias após a aprovação da compra.
Segundo o Conpresp, a Camargo Corrêa protocolou um pedido de liberação da operação de venda do terreno em 28 de maio de 2008. Atualmente o processo sobre o imóvel está sob análise do Departamento de Patrimônio Histórico, segundo a assessoria do órgão.
Já o nome do deputado federal Valdemar Costa Neto surgiu nas apurações após a análise de documentos sobre a construção do Rodoanel Mario Covas. Em um dos papéis apreendidos há a expressão "60 mil - PAC -°Valdemar PL". Para autoridades envolvidas na investigação, a sigla "PAC" refere-se ao Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal, que prevê a transferência de recursos para o Rodoanel. Já a inscrição "PL" seria uma menção ao Partido Liberal, antiga denominação do Partido da República.
Outro suspeito no caso das obras do Rodoanel é Paulo Souza, diretor de engenharia da estatal paulista Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.). Quanto aos senadores Arruda e Casagrande, a Procuradoria pediu que seja apurado o suposto envolvimento de ambos em irregularidades nas construções do metrô de Fortaleza e do aeroporto de Vitória, respectivamente. Há referência a ambos em documentos apreendidos, mas sem cifras.
Ao todo a Procuradoria apontou 14 obras executadas pela Camargo Corrêa em que há suspeitas da participação de políticos e autoridades em crimes de corrupção ativa e passiva, atos de improbidade administrativa e ilícitos eleitorais. As apurações sobre a construção da linha 4 do metrô de São Paulo revelam indícios de ilegalidades cometidas até por membros do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Civil paulista. Uma das suspeitas é que um membro do Ministério Público estadual recebeu um pagamento da Camargo Corrêa em fevereiro de 2008, que teria ligação com os processos abertos após desabamento na obra da estação Pinheiros da linha 4, em 2007.
Ontem Sandro Neis, corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público -órgão responsável pelo controle disciplinar da instituição- disse que já instaurou um procedimento para apurar eventuais condutas ilícitas de membros do Ministério Público no caso.
Vazamento é irresponsável, dizem acusados
O advogado Celso Vilardi, que atua ao lado do criminalista Márcio Thomaz Bastos na defesa da Camargo Corrêa, afirma ser uma "irresponsabilidade" a divulgação de fatos que prejudicam a imagem da empresa e de políticos apenas com base em documentos "esparsos e não explicados". Ele diz ainda que pedirá a apuração dos "vazamentos criminosos".
"Nos últimos dias, estarrecido, só tenho notícias do processo em que atuo por meio da mídia, o que considero verdadeiro absurdo. Pedirei a apuração do vazamento, pois o acesso a dados do processo só é permitido a advogados constituídos."
Vilardi diz que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal pediram a perícia do material apreendido na Operação Castelo de Areia. "No entanto, no momento em que um habeas corpus, questionando a legalidade de todos os atos praticados na operação, está para ser julgado, inicia-se vazamento de informação antes mesmo de a perícia ser concluída."
O advogado criticou o Ministério Público Federal pela divulgação de nota em que elenca 14 obras suspeitas de irregularidades, envolvendo a Camargo Corrêa e diversas autoridades dos governos federal, estadual e municipal de São Paulo.
"A Procuradoria-Geral da República anunciou que preservaria os nomes de pessoas investigadas porque só existiam elementos indiciários. Porém, diversos nomes estão sendo divulgados sem que a defesa tenha tido acesso ao tal do relatório. Considero uma irresponsabilidade essa divulgação de nomes, manchando a reputação da empresa e de terceiras pessoas, com base em elementos esparsos e não explicados", disse o advogado.
Citados - A assessoria da Prefeitura de São Paulo informou que o secretário Elton Zacarias (Habitação) está em férias e não foi localizado. Afirmou que a prefeitura não recebeu nenhum pedido de esclarecimento e sempre se coloca à disposição para ajudar na investigação.
O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Antonio Carlos Rodrigues (PR), diz que a única verba que recebeu da Camargo Corrêa foi declarada à Justiça Eleitoral (R$ 150 mil em 2008). "Claro que conheço a diretoria, mas acho muito esquisita essa história. Pode ter ocorrido algum tipo de engano. Envolver o meu nome nisso é uma calúnia", afirma.
Representante da Câmara no Conpresp, o vereador Toninho Paiva (PR-SP) afirma que nada de interesse da Camargo Corrêa foi votado na entidade. "Não conheço ninguém da empresa, nunca conheci", diz.
A assessoria do PR informou que o deputado federal Valdemar da Costa Neto (PR-SP) não tem nenhuma relação com a Camargo Corrêa e não é verdade o suposto envolvimento dele no recebimento de valores.
Sobre o diretor de Engenharia do Dersa, Paulo Souza, o departamento divulgou nota em que informa desconhecer "por completo o teor da representação", mas que irá colaborar com o trabalho da Procuradoria, "como sempre ocorre no governo de São Paulo".
Senadores - O senador Renato Casagrande (PSB-ES) diz não existir nenhuma possibilidade de o nome dele ter sido citado na lista de supostos recebedores de propina. "Não há nenhuma possibilidade de isso ser verdade. Não tenho nenhuma relação com a Camargo Corrêa e acho uma irresponsabilidade o jornal citar o meu nome", disse.
A assessoria do senador Inácio Arruda (PC do B-CE) informou ontem que ele não irá se pronunciar, mas que o parlamentar lamenta a forma "irresponsável" de a Procuradoria da República ter envolvido o nome dele na investigação.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Suposto "mandante do túnel " continua na mídia
Isso mostra que, onde existe visivelmente "sujeira " , como é no caso da Operação Água espraiada , sempre havera muito mais sujeira interligando as ramificações da corrupção dos
poderes executivo, legislativo e até judiciario que governam as cidades.
Reparem como o governador em exercício Goldman que chama o Paulo Preto de "arrogante " é "sutil e cordial" com o reporter que o entrevista.
Um verdadeiro "GentleMan"....
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Foi Ele!!!!!
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Vereador Donato volta a defender a população!!

A questão e levantada pelo Vereador Donato. Mais de 1.000 imóveis desapropriados, 10 mil famílias removidas das áreas ocupadas, mais de R$ 2 bilhões para as obras: uma conta muito alta para uma obra que não é prioridade para a cidade. Não se justifica usar quase R$ 3 bilhões de reais para fazer um túnel, quando a ligação que o túnel faria – entre a Roberto Marinho e a Imigrantes – poderia ser feita por via terrestre sem tantos problemas e por custo muito menor.
“Curiosamente o grosso do projeto será apresentado com a obra em andamento. Não só nesta, mas em todas as obras públicas o projeto executivo é feito junto com a obra e não anterior a obra. Isso gera claramente mais custos, o processo licitatório nunca é perfeito. Lamento que as coisas sejam feitas dessa forma”, disse. Sobre a alteração da lei Donato questionou o Secretário quanto à elaboração de um novo Projeto de Lei para alterar a lei da Operação Urbana Águas Espraiadas, que prevê a construção de um túnel de 400m e não de 2,7m como consta no projeto atual. Segundo o Secretário o Projeto de Lei já está na Assessoria Técnica Legislativa da Prefeitura aguardando autorização do Prefeito para ser encaminhado a Câmara Municipal dos Vereadores.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Reportagem do site de UOL: Orçados em R$ 4,4 bilhões, parques lineares removerão mais de 20 mil famílias em SP
Reportagem que saiu hoje no site da UOL.Segue abaixo alguns trechos, para ler na íntegra clique no título.
As obras da Operação Urbana Águas Espraiadas e do Parque Linear Várzeas do Tietê removerão mais de 20 mil famílias de suas casas nos próximos anos, segundo estimativa do governo. Juntos, os dois projetos estão orçados em R$ 4,4 bilhões e devem ser inaugurados até 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil.
Apesar do grande número de desapropriações e do custo elevado das obras, lideranças comunitárias e o defensor público Carlos Loureiro denunciam a falta de planos de habitação mais detalhados e transparentes que indiquem qual será o destino das famílias que serão atingidas, na sua maioria de comunidades carentes.
As constantes alterações no projeto Operação Urbana Águas Espraiadas (leia no box abaixo) e as indefinições em torno da obra, que prevê a extensão da avenida Jornalista Roberto Marinho até a rodovia dos Imigrantes por meio de um túnel e a construção de um parque linear na superfície, preocupam as mais de 10 mil famílias que devem ter os imóveis desapropriados.
O projeto de prolongamento da via foi aprovado em 2002, na gestão de Marta Suplicy (PT), mas previa um túnel menor, com apenas 400 metros. A ampliação do túnel para 2,4 km e a implantação do parque linear foram mudanças aprovadas pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM).
A auxiliar administrativa Priscila Soares, moradora da Vila Facchini, afirma que cerca de 2.000 famílias não seriam atingidas pelo projeto anterior e terão que ser removidas da região se as alterações forem mantidas. “Nenhum morador foi consultado sobre as mudanças. Está tudo muito obscuro. Ninguém falou para nós como serão as indenizações”, afirma Soares, que integra um movimento de proprietários de imóveis e comerciantes contrários às mudanças aprovadas na gestão de Kassab.
Além das famílias que foram pegas de surpresa com a possibilidade de desapropriação, há outras 8.556 que moram em 16 favelas da região e já foram cadastradas pela Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) para serem reassentadas em áreas próximas da região ou para receberem auxílio-aluguel no valor de R$ 300 mensais até que as moradias que integram a obra fiquem prontas.
O defensor público Carlos Loureiro, que acompanha a situação das famílias afetadas, afirma que a construção das moradias já deveria ter começado antes mesmo do início da obra. Segundo ele, não há um plano habitacional claro para as famílias que perderão suas casas. “Já existem áreas desapropriadas, mas os empreendimentos [habitacionais] sequer começaram. Não dá para saber se os terrenos [destinados aos reassentamentos] serão suficientes para receber os moradores”, diz.
Loureiro teme que se repita o que ocorreu durante o processo de construção do trecho que já existe da avenida Jornalista Roberto Marinho, quando cerca de 50 mil moradores de favelas que existiam no local desde a década de 70 foram retirados e, grande parte deles, acabaram indo morar em áreas de proteção ambiental do extremo sul da capital.
“Existia um complexo de favelas que foi removido, de forma agressiva, para regiões de mananciais na periferia. Isso é uma prova de que o próprio poder público falha ao desrespeitar direitos básicos. É preciso tomar cuidado para que isso não se repita”, afirma.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Interessante
A RESISTÊNCIA URBANA – Frente Nacional de Movimentos faz um alerta aos trabalhadores brasileiros sobre o avanço de uma política de despejos e de uma ofensiva do capital imobiliário nas metrópoles do país. O cenário que está sendo montado é de uma verdadeira operação de guerra contra os moradores de favelas, comunidades periféricas e os trabalhadores informais, em nome do “crescimento econômico” e da preparação do país para a Copa-2014 e Olimpíadas-2016. Os governos federal, estaduais e municipais prepararam seus planejamentos – em muitos casos, já em execução – para obras de grande impacto, que representam uma Contra-Reforma Urbana no Brasil, pela forma autoritária e excludente com que estes programas afetarão os trabalhadores urbanos (principalmente através de despejos e remoções em massa) e pela lógica de cidade que trazem consigo. Por isso, e contra isso, lançamos uma Campanha Nacional contra os Despejos.
A OFENSIVA DO CAPITAL IMOBILIÁRIO
Há anos temos assistido a uma intensificação dos ataques aos moradores de favelas, periferias e subúrbios nas grandes cidades brasileiras. A forma desses ataques tem sido a realização de despejos e remoções de milhares de famílias, associada a novos empreendimentos imobiliários e a obras públicas. Os trabalhadores – especialmente os mais pobres – são expulsos para regiões cada vez mais distantes dos centros, para que as áreas urbanas com maior infra-estrutura e mais valorizadas possam abrigar novas obras e terem uma valorização ainda maior. Trata-se de uma política de “limpeza social”, onde as zonas urbanas de maior interesse econômico devem ficar livres dos pobres.
O que está por trás deste processo é o fortalecimento, como “nunca antes visto neste país”, do capital imobiliário: as grandes empresas de construção civil, as incorporadoras e os proprietários/especuladores de terra urbana estão em festa. Após a abertura de capital de grandes empreiteiras (a partir de 2006) e de sucessivos presentes do governo, o Programa Minha Casa, Minha Vida (anunciado no início de 2009) coroou a abertura de um período de vacas gordas para este setor do capital. Para que se tenha uma idéia da dimensão desses ganhos basta mencionar 3 fatos: O setor da construção foi quem puxou a alta da Bolsa de Valores de São Paulo no primeiro semestre de 2009, com uma valorização acionária de 87%; além disso, foi o setor que isoladamente mais recebeu do governo nas chamadas “medidas anti-crise”, com R$33 bilhões só através do Minha Casa, Minha Vida, para não citar o PAC; por fim, como pagamento dos bondosos investimentos estatais, o capital imobiliário se destaca como o maior financiador de campanhas eleitorais do Brasil – tendo “bancadas” em todas as instancias parlamentares e inúmeros representantes nos governos. Essas são demonstrações da força deste setor no capitalismo brasileiro e de sua capacidade de determinar a política de desenvolvimento urbano, manejando os governos e desconsiderando os interesses populares.
A aliança perversa entre Estado e capital imobiliário reproduz uma lógica excludente e repressiva de desenvolvimento urbano. Sob a bandeira do “crescimento econômico” passam por cima do que estiver pela frente, em geral comunidades inteiras, historicamente estabelecidas. Naturalmente, as casas derrubadas não são as mansões dos empreiteiros; estas não atrapalham o progresso e as grandes obras. É a lógica do predomínio completo dos interesses privados, da necessidade de aumentar os lucros e de valorizar cada vez mais o solo urbano. O valor do metro quadrado nas metrópoles brasileiras tem crescido numa escala astronômica. Ganham os especuladores, ganham as construtoras, ganham os caixas de campanha. Perdem os trabalhadores. O preço deste “crescimento” são os despejos, o aumento do número de trabalhadores sem-teto e a piora das condições de moradia para os mais pobres.
PAC, COPA E OLIMPÍADAS: A CONTRA-REFORMA URBANA
Como se isso não bastasse, a ampliação das obras do PAC (com o anúncio do PAC 2) e as intervenções urbanas planejadas para viabilizar a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016 prometem agravar o problema a níveis catastróficos. Além da construção de estádios e centros esportivos nas cidades-sede, estão previstas uma série de ações nas grandes cidades do país: novas avenidas, ampliação de aeroportos, obras de embelezamento para o turismo, etc. O governo pretende mostrar a todos o Brasil como um país de “primeiro mundo”; e para isso terá que afastar os pobres dos holofotes da mídia internacional e dos turistas.
Não faltam exemplos do que tem ocorrido em situações como esta. Recentemente, na Copa da África, dezenas de milhares de famílias sofreram despejo e estão sobrevivendo em alojamentos precários; além disso, o governo sul-africano criou – por exigência da FIFA – tribunais especiais, para julgar e condenar sumariamente trabalhadores pobres e negros que ousaram atrapalhar a festa. Mesmo em países ricos, como a Espanha (nas Olimpíadas de 1992), os resultados foram negativos aos trabalhadores: os terrenos de Barcelona tiveram uma valorização de mais de 130%, por conta da especulação no período, expulsando os pobres das regiões centrais. Nem precisamos ir tão longe. O Pan-Americano 2007 no Rio de Janeiro foi um momento de terror nas favelas do Rio de Janeiro: vários despejos aconteceram, foram erguidos muros entorno das favelas e ocorreu o Massacre do Complexo do Alemão, com dezenas de pessoas – em geral, jovens e negros da favela – executados pela polícia.
Aí vem a Copa no Brasil! O sonho de muitos brasileiros promete tornar-se um terrível pesadelo. E, para que tudo esteja pronto, as obras começarão em breve, aliás, já estão atrasadas. O número de famílias despejadas no país – e não será só nas cidades-sede – deve chegar à casa das centenas de milhares. Em muitos casos, despejos sem indenização e sem alternativa de moradia. Ou com os ridículos “cheques-despejo”, com um valor que não permite sequer a compra de um barraco numa encosta de morro. Além disso, as medidas de repressão e criminalização da pobreza tendem a se tornar cada vez mais bárbaras nestes próximos anos, consolidando a política de “higienização social”. Várias situações já apontam para isso: as Unidades de Polícia Pacificadora, no Rio de Janeiro; o aumento da repressão a trabalhadores informais (especialmente camelôs) em várias cidades; o impedimento de mo moradores de periferia em freqüentar espaços públicos nos centros, como ocorreu num shopping Center de Curitiba (por ordem judicial!); etc. A ordem é: a cidade para os ricos e turistas, que os pobres fiquem nas periferias!
Quem está sorrindo com isso é o grande capital imobiliário, que deverá se empanturrar com obras faraônicas, financiadas com dinheiro público, e verá seus grandes terrenos valorizarem-se absurdamente. Só para construção de estádios, o BNDES já anunciou um crédito de R$5 bilhões à disposição dos interessados. E outros bilhões virão para os empreiteiros. Para os pobres, despejos e repressão.
CONSTRUIR A RESISTÊNCIA
Diante deste cenário, temos uma tarefa imensa pela frente: organizar e unificar uma resistência dos trabalhadores, em escala nacional. Para evitar um verdadeiro massacre, cada tentativa de despejo deve ter uma resposta à altura; cada ataque do capital deve ser seguido de um contra-ataque dos trabalhadores afetados por esta política. Daí, a necessidade urgente de construir e fortalecer a CAMPANHA NACIONAL CONTRA OS DESPEJOS – Minha Casa, Minha Luta.
Para isso, propomos a organização de Comitês em todas as regiões do país, com o objetivo de unificar a luta contra os despejos. Chamamos todos os movimentos populares, associações de moradores, referências comunitárias e setores da sociedade civil comprometidos com a luta contra este massacre para construir conosco esta resistência.
Esta Campanha Nacional deve se estruturar sobre uma Plataforma com os seguintes eixos:
- CONTRA A POLÍTICA DE DESPEJOS E REMOÇÕES. GARANTIA DE MORADIA DIGNA PARA TODOS.
- COMBATE À REPRESSÃO E CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA. PELO DIREITO À VIDA E AO TRABALHO.
- POR UMA POLÍTICA NACIONAL DE DESAPROPRIAÇÕES DE IMÓVEIS VAZIOS E MEDIDAS DE COMBATE À ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA.
- POR UMA POLÍTICA DE CONSTRUÇÃO DE MORADIAS POPULARES, BASEADA NO SUBSÍDIO INTEGRAL, NA QUALIDADE HABITACIONAL E NA GESTÃO DIRETA DOS EMPREENDIMENTOS.
- EM DEFESA DE UMA REFORMA URBANA POPULAR.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Comissão de Finanças
sábado, 2 de outubro de 2010
A hora é agora!!!

